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Foto: Corrente da Triumph Tiger - Bitenca

Foto: Corrente da Triumph Tiger - Bitenca

A Honda Strada tinha este problema; A Twister também. E para minha surpresa e decepção, a novíssima CB300r não ficou de fora. Estou falando do metálico e irritante ruído na relação de transmissão destas motos. Porque isto acontece? É tão difícil assim resolver este problema? O que os especialistas dizem sobre isso? Não entra na minha cabeça o fato da Honda não conseguir eliminar este SOM que já se tornou marca registrada destes modelos. Um abraço. Davisom, 31, Americana, SP.

R: Davisom, na verdade toda moto com esse tipo de transmissão tem esse barulho.
Fica mais ou menos audível conforme a emissão de outros ruídos por parte de outros componentes. Há várias técnicas para absorver o som e todas as marcas e modelos contam com algum sistema de redução de ruído. A Strada por exemplo tem aquela sobrecapa pesada na carcaça do pinhão, guias e amortecedores plásticos que fazem contato com a corrente evitando barulhos maiores, mas os roletes das correntes vibram fazendo aquele som inconfundível, e quanto mais gastos pior.
Um som determinado (freqüência medida em Hetrz) é mais ou menos audível conforme o resto dos sons presentes no ambiente. Num hospital, com tudo quieto, ouve-se o cair de um alfinete mas dentro de uma casa de show não se
ouve o colega gritando ao lado. O maior ruído emitido pela ZERO-DS, moto elétrica testada recentemente pelo Motonline é justamente o da transmissão, que se torna um barulhão porque não há outro som que o acompanha.
Talvez um estudo aprofundado do espectro de som emitido pela moto seria a melhor forma da fábrica resolver o problema, mas se você pensar melhor, o mais prático é o uso de protetor auricular pelo motociclista pois o conjunto
de sons em que o ele fica exposto já é prejudicial à sua audição. Em 95db de nível de emissão de ruído já acontece perda de audição irreversível no ser humano. O ruído nas ruas das grandes cidades, sem falar do som do vento no
capacete, já provoca essa perda. Use um protetor auricular quando for usar a moto por mais de uma hora. Abraços,

Foto: Embreagem Sigmaperformance - Divulgação

Foto: Embreagem Sigmaperformance - Divulgação

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Oi Bitenca! Essa é rápida. Lendo uma revista espacializada, vi que estava escrito que a XTZ 125cc 2009/2010 vem com catalizador que limitou a potencia da moto. Logo lhe pergunto: Basta trocar o escapamento da moto por um que não possua catalizador, para que ela volte a ficar com potencia que tinha antes de ser fabricada com catalizador de série? Estou certo? OBSERVAÇÃO: Não sou anti-ecológico, é apenas uma curiosidade! Obrigado! Luis, 36, Rio Grande, RS.

R: Luis, o JT, colunista do Motonline brinca que esses catalisadores são como uma batata enfiada no escapamento da moto.
Mas não é tão simples assim. Há todo um equilíbrio de forças no fluxo de gases admitidos e expelidos pelo motor e o processo de manter a atmosfera livre de contaminantes determina o uso de filtros, catalisador e dutos interligando várias outras peças da moto que transformam os componentes tóxicos em compostos inertes. Se retirar a “batata” esse equilíbrio de forças se perde e o funcionamento do motor fica prejudicado, inclusive arriscado a auto destruição causada pela auto-ignição, que provavelmente passará a acontecer. Deve-se recalibrar todo ajuste da alimentação do motor
para não correr esse risco.
Então aconselho a deixar como está e naturalmente o meio ambiente agradece.

Bom dia!! Possuo uma R1 2008, esta com 6 mil km, peguei ela zero, e comecei a escutar um barulho, quando eu aciono a embreagem parece que esta arranhando, um barulho estranho, tipo krkrkrk, o que pode ser? Abraços! Jader, 21, Sapiranga, RS

R: Jader, os motores esportivos são mais barulhentos mesmo. Uma moto de competição com embreagem a seco faz esse ruído de forma inconfundível, parece que vai explodir pois não conta com o óleo para abafar o som. Entre os discos de fibra e a cesta externa há uma folga definida e entre os discos de metal e o cubo interno também. Essas folgas devem ser tais que permitam aos dois tipos de discos deslizarem no momento em que se comprimem forçados pelas molas e façam o acoplamento entre o motor e câmbio de forma progressiva permitindo o deslizamento. Quando são afastados pelo acionamento da alavanca contra as molas, essas folgas permitem que os discos descolem, o óleo penetra entre eles e o acoplamento entre motor e câmbio se desfaz.
Porém, para que os discos trabalhem, soltando e prendendo de forma progressiva há uma vibração, necessária mesmo, mas que às vezes ressoa na posição em que os discos estão soltos, com a embreagem acionada, causando o
barulho. Ele é natural portanto e você não precisa se preocupar porque só vai ser em
excesso se for acompanhado de outros problemas. A moto não solta completamente o motor ao ser acionada a embreagem e o câmbio começa a ficar duro para as trocas de marcha, morre ou quer sair andando quando engata a primeira ou os discos patinam, sem completar o acoplamento definitivo entre motor e câmbio. Sem esses sintomas adicionais o barulho é normal. Abraços e boa sorte,

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Caro Bitenca, A minha XRE300 está com 2.300 km rodados e mesmo assim continua eventualmente com dificuldade de dar a partida quando o motor está quente. Conversei com mecânicos e com chefes de oficina de outras concessionárias Honda em outras cidades, e o palpite deles é que “pode ser a bomba de combustível ou talvez o sensor que fica próximo à bomba de combustível”. Na sua opinião qual o problema que pode estar a ocorrer com a motocicleta? Após qual quilometragem posso considerar que a motocicleta está amaciada? Mais um vez obrigado Um abraço Álvaro, 56, Eunápolis, BA.

R: Álvaro, a sua moto, depois da primeira troca de óleo está amaciada. Porém aconselho a crescer progressivamente o limite de rotação até que você percorra toda faixa útil do conta-giros. Demore pelo menos uns dois tanques de gasolina para chegar nesse limite, depois da primeira troca de óleo.
Quanto ao problema da partida, aconselho você a ir numa oficina autorizada de sua confiança e mande verificar a válvula IACV, que faz a transição da mistura para a marcha lenta em motor frio e quente. Tenho notícias de problemas nessa área, em vários modelos da Honda. Então não custa nada verificar enquanto está na garantia.