A Dainese é uma das mais famosas e aclamadas marcas de roupa e acessórios para motociclistas. Pelo visto, também uma das mais valiosas. Isto porque a italiana foi negociada nesta semana por um valor estratosférico, estimado em 630 milhões de euros (cerca de R$ 3,5 bi), com um grupo norte americano.
A transação foi liderada pela Investcorp, que detinha 80% do capital da Dainese SpA desde 2015, quando comprou a fração do criador da marca Lino Dainese. Já no papel de comprador esteve a Carlyle Group, uma multinacional especializada na gestão de ativos e serviços financeiros.
Dainese é comprada por 630 mil euros
O objetivo da Carlyle é adicionar as marcas do grupo Dainese ao seu vasto portfólio de vestuário, que já conta com nomes como Moncler, Golden Goose e Design Holding. Além disso, deve promover uma expansão da marca em novos mercados, sobretudo na China e nos Estados Unidos.
Mas para isso ela pretende manter vivo o DNA da empresa e deixará o atual CEO da Dainese, Cristiano Silei, ativo no cargo. Ao que tudo indica, a equipe vem fazendo um bom trabalho, uma vez que as vendas da italiana tiveram um salto de 2015 para cá. Quando a compraram de Lino, a transação foi de aproximadamente 120 milhões (cinco vezes menos que seu valor atual).
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Dainese, o Red Demon
A Dainese nasceu em Molvena, na Itália, em 1972, já produzindo artigos para motociclistas. Logo a qualidade de seus itens de vestuário despertaria o interesse de pilotos de todo o mundo, especialmente após os investimentos da marca em grandes competições como o Mundial de Motovelocidade.
Aliás, o Mundial foi uma grande vitrine para a marca. Ela equipou pilotos como Dani Pedrosa, Jorge Lorenzo, Max Biaggi, Kenny Roberts e dois dos principais campeões da história, Valentino Rossi e Giácomo Agostini.
A marca ainda foi responsável por apresentar tecnologias inovadoras, como as jaquetas com air-bag. Além disso, fez importantes aquisições ao longo de sua história. Entre elas a compra da também italiana AGV, renomada fabricante de capacetes. Atualmente possui cerca de 1.000 funcionários e sua sede está em Vicenza, a 500km de Roma.