O ICGP Brasil promoveu um verdadeiro tributo às clássicas motos de pista de um passado que ainda está na memória (e no olfato) de muitos motociclistas

Além de uma viagem no tempo, o ICGP (International Classic Grand Prix) promoveu um verdadeiro tributo às motos clássicas de competição que rasgavam o asfalto (e os ouvidos) nas décadas de 1970 e 1980. O ICGP 2016 chegou ao Brasil para realização de uma única etapa no último domingo, no Autódromo Internacional de Goiânia, quando cerca de 20 motos (de 2 e 4 tempos) encarraram a pista para valer. Além dos pegas, também houve outras ações, como homenagens a pilotos brasileiros.

Viagem no tempo e em alta velocidade. ICGP Brasil aconteceu em Goiânia, encerrando o mundial 2016
Viagem no tempo e em alta velocidade. ICGP Brasil aconteceu em Goiânia, encerrando o mundial 2016

Ao longo do dia 23 de outubro foram duas provas, que proporcionaram grandes emoções ao público do campeonato mundial para motos de GP clássicas. O francês Jean-Paul Lecointe confirmou a pole position obtida nos treinos e venceu as duas provas na categoria 350, enquanto o belga Yves Hecq foi o melhor da 250 nas duas corridas. Entre os brasileiros, o destaque foi Leandro Mello, que além de piloto é apresentador do programa Auto Esporte, da Rede Globo, que obteve dois segundos lugares na 350.

Yves Hecq (44) e Jean-Paul Lecointe (6) foram os vencedores nas categorias 250 e 350, respectivamente
Yves Hecq (44) e Jean-Paul Lecointe (6) foram os vencedores nas categorias 250 e 350, respectivamente

Lecointe precisou brigar com pelo menos três pilotos pela liderança durante a maior parte do tempo. Na primeira prova, iniciada às 11:40, seus adversários foram Yves Hecq e Leandro Mello, com quem trocou várias vezes de posição. Somente nas voltas finais Lecointe abriu uma certa distância em relação aos adversários. Hecq recebeu a bandeirada em segundo lugar (primeiro na 250) e Mello em terceiro, à frente de Serge Guillermin e André Gouin. O carioca Othon Russo, que surpreendeu nos treinos com sua Yamaha TZ “resgatada” de sua oficina após 30 anos, voltou a causar boa impressão: terminou em sexto (quarto na 350) depois de várias voltas brigando pela colocação com o francês Eric Saul e o brasileiro Bob Keller. Saul e Keller ficaram em segundo e terceiro lugares na 250.

Às 15:30, as motos voltaram ao grid para a largada da prova 2. Desta vez, a briga pela vitória teve a participação de quatro pilotos. Além de Lecointe, Hecq e Mello, entrou na briga o alemão Stefan Tennstädt, que levou um tombo na primeira volta da primeira corrida após uma leve colisão com o francês Serge Guillermin. Os quatro pilotos andaram juntos durante a maior parte da prova, até que as posições se definissem com Lecointe à frente de Hecq, Tennstädt e Mello. Por categorias, Lecointe venceu a 350 à frente de Mello e de Jean Dondaine; na 250, subiram ao pódio Hecq, Tennstädt e o ídolo goiano Roberto Boettcher, um dos grandes pilotos brasileiros da década de 1970 no motocross e na motovelocidade.

Bandeirada para Yves Hecq e Stefan Tennstädt, os primeiros da 250 na prova 2 do ICGP Brasil
Bandeirada para Yves Hecq e Stefan Tennstädt, os primeiros da 250 na prova 2 do ICGP Brasil

Entre os demais pilotos brasileiros inscritos no ICGP Brasil, Milton “Cigano” Adib conseguiu o sexto lugar na categoria 350, mas na segunda teve problemas na moto. Alex Machado completou cinco voltas antes de abandonar a primeira volta; na segunda, saiu do box com uma volta de atraso, mas não chegou a completar volta. Outro ídolo goiano, Edmar Ferreira, afastado da motovelocidade desde 1980, participou somente da primeira corrida. Completou duas voltas e recolheu sua Honda aos boxes. Marco Antônio Greco e Sidnei Scigliano não largaram em nenhuma corrida devido a problemas nas motos.

Classificação final do ICGP Brasil 2016

Prova 1 (12 voltas em 20:51.945)
Categoria 350:
1) 6-Jean-Paul Lecointe (França), Yamaha TZ G 350; 2) 9-Leandro Mello (Brasil), Yamaha TZ E 350; 3) 43-Serge Guillermin (França), Yamaha TZ G 350; 4) 313-Othon “Voador” Russo (Brasil), Bakker Yamaha TZ; 5) 81-Jean Dondaine (França), Yamaha TZ F 350; 6) 58-Milton “Cigano” Adib (Brasil), Bakker Yamaha TZ 350. Não classificado: 8-Alex Machado (Brasil), Yamaha TZ C 350. Não largaram: 4-Marco Antônio Greco (Brasil), Yamaha TZ G 350; 14- Sidnei Scigliano (Brasil), Yamaha TZ G 350.

Categoria 250:
1) 44-Yves Hecq (Bélgica), Armstrong Rotax 250, a 5.014; 2) 3-Eric Saul (França), Chevallier TZ 250; 3) 21-Bob Keller (Brasil), Yamaha TZ L 250; 4) 15-Roberto Boettcher (Brasil), Yamaha TZ H 250; 5) 32-Roy Flower (Inglaterra), Yamaha TZ L 250. Não classificado: 18-Stefan Tenndstädt (Alemanha), Bakker Rotax 250.
Categorias YC250 e HC: 1) 5-André Gouin (França), Yamaha TZ A YC250. Não classificado: 13-Edmar Ferreira (Brasil), Honda Bakker 500

Prova 2 (12 voltas em 20:39.480)
Categoria 350:
1) 6-Jean-Paul Lecointe (França), Yamaha TZ G 350; 2) 9-Leandro Mello (Brasil), Yamaha TZ E 350; 3) 81-Jean Dondaine (França), Yamaha TZ F 350. Não classificados: 43-Serge Guillermin (França), Yamaha TZ G 350; 58-Milton “Cigano” Adib (Brasil), Bakker Yamaha TZ 350; 313-Othon “Voador” Russo (Brasil), Bakker Yamaha TZ; 8-Alex Machado (Brasil), Yamaha TZ C 350. Não largaram: 4-Marco Antônio Greco (Brasil), Yamaha TZ G 350; 14- Sidnei Scigliano (Brasil), Yamaha TZ G 350.

Categoria 250:
1) 44-Yves Hecq (Bélgica), Armstrong Rotax 250, a 5.014; 2) 18-Stefan Tenndstädt (Alemanha), Bakker Rotax 250; 3) 15-Roberto Boettcher (Brasil), Yamaha TZ H 250. Não classificados: 21-Bob Keller (Brasil), Yamaha TZ L 250; 3-Eric Saul (França), Chevallier TZ 250. Não largou: 32-Roy Flower (Inglaterra), Yamaha TZ L 250.
Categorias YC250 e HC: 5-André Gouin (França), Yamaha TZ A YC250. Não largou: 13-Edmar Ferreira (Brasil), Honda Bakker 500

Separador_motosFonte: LetraNova Comunicação

 

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