No ano passado ela correu apenas uma etapa da competição, mas chegou firme com o pé direito (e a mão, claro) à temporada 2016. Samara Andrade (#74), piloto da Copa Kawasaki Ninja 600 pela equipe Moretti Racing Team, venceu com folga a primeira etapa da categoria no SuperBike Brasil, mostrando que macacão de piloto também pode ser traje de gala para elas – e que o termo sexo frágil não está com nada.

Na abertura do SuperBike Brasil, disputada este mês, mostrou grande resultado. Ela foi a mais rápida entre os 11 pilotos da categoria, e nos treinos já despontou como líder absoluta. Quase um segundo mais rápida que o adversário mais próximo, Samara fez a pole e manteve a liderança na corrida para receber a bandeira quadriculada em primeiro, sete segundos a frente do próximo piloto. Antes disso, em março, Samara venceu as duas corridas da Copa Pirelli do SuperBike Brasil, disputadas em Interlagos.
Samara está decidida a deixar sua marca na motovelocidade, sendo que começou a correr em 2013, mas para isso tem de manter bem longe um adversário que mede seu poderio não em segundos por volta, mas em cifras: a dificuldade em encontrar patrocínio. O objetivo de evoluir no esporte e se tornar campeã da Copa Ninja 600 esbarra na falta de recursos e dificuldades para fechar contratos. Entretanto, a piloto se mostra feliz com os resultados obtidos e diz que está se dedicando ao máximo para manter os bons resultados.
Conheça melhor Samara, através desta pequena entrevista:
Como foi sua preparação para a temporada 2016 do SuperBike Brasil?
Me preparei durante todo o ano de 2015. Fiz treinamentos em pista condicionados com a disponibilidade dos autódromos e dentro das minhas condições financeiras. E fora delas também. Criei uma rotina diária de treinos de musculação e aeróbicos acompanhados de uma dieta alimentar.
Como avalia o seu resultado na primeira etapa em Interlagos, onde venceu no SBK? Já esperava dominar os treinos e largar na frente?
Foi um resultado maravilhoso, fruto de muito trabalho. Sei que é preciso evoluir bastante ainda para acompanhar os ponteiros e estou me dedicando ao máximo para que isso aconteça até o final do campeonato. Inicialmente não esperava. Todos os pilotos da categoria em que corro possuem nível e qualidade, e procurei manter o foco e errar o mínimo possível para alcançar uma boa classificação.
Encontrou contratempos neste início de temporada?
O maior contratempo é a falta de recurso, falta de apoio e patrocínio. Isso limita a evolução dentro das pistas.
Qual sua perspectiva para 2016?
Espero continuar repetindo o resultado que venho tenho desde o início do ano, e evoluindo a cada corrida, aumentando meu o nível de pilotagem.
Quando e como iniciou na motovelocidade?
Iniciei em 2013 na categoria 250 cilindradas. Foi muito difícil, um mundo totalmente novo para mim.