A Suzuki GSR 750 vem em duas versões, com e sem ABS. E com a publicação do resultado da pesquisa da CESVI, publicado recentemente, deve-se pensar seriamente na versão que já vem com esse equipamento. Com estilo agressivo, toda angulosa, representa bem com sua imagem as suas características de pilotagem, com tendência esportiva e um espírito “street fighter”. Herança da histórica GSX-R 750.
Ela é uma moto com o o espírito de uma super esportiva, mas com uma proposta mais urbana e tranquila.
Seu motor às vezes lembra um motor elétrico, tal é a elasticidade dele e a mínima vibração. Mas ainda tem uma boa pegada, de 6000 rpm até 10000 rpm onde a sua aceleração é forte, acima do esperado. Afinal ela não é uma 600. De forma que essa moto fica no nicho das médias e acima das 600 entre as 800 que estão por aí.
Aliás, é interessante notar que apenas a Suzuki mantém a emblemática categoria “sete galo”, que tem grande lembrança com as antigas grandes e memoráveis motos das décadas de 70 e 80. Enquanto algumas das concorrentes migraram suas médias para a categoria 600, a Suzuki está aí com mais uma boa opção nesta classe que é considerada por ninguém menos que Massimo Tamburini como a moto do futuro. “Qual é a moto do futuro? É uma 750cc, com a potência de uma 1000cc e o peso de uma 500cc. Essa Suzuki não é, mas chega bem perto.
Rodando com ela se percebe logo a sua descendência. O guidão é largo e os espelhos são altos, preocupam um pouco no trânsito, mas oferece uma boa posição para pilotar na cidade e nas estradas. Favorece o conforto até os 120 km/h. Acima disso o efeito do vento sobre ombros e pescoço torna a tocada mais cansativa. Mas é muito bom saber que ali estão disponíveis todos os cavalos necessários e mais um pouco para qualquer eventualidade.
Em curvas se observa uma tendência da moto levantar, forçando o piloto a incrementar um pouco o esforço para ela se manter na curva. Atenção na calibragem dos pneus: mantenha na pressão correta para minimizar esse efeito. Outro ponto a considerar é a precisão ao aplicar o acelerador, constante no contorno e abrindo devagar nas saídas de curvas. A rolagem deve ser bem progressiva e para isso o sistema de injeção ajuda muito, pois não há controle de tração e o motor responde com força.
As suspensões são bem ajustadas e oferecem bom nível de conforto, sem mergulhar em excesso nas frenagens e com boa atuação para o péssimo piso brasileiro, resultado do link na traseira. Vantagem que algumas outras dessa categoria não contemplam, assim como as bengalas invertidas na dianteira. Oferece um bom compromisso entre qualidade da pilotagem e custo.
Destaques da GSR 750
Motor derivado da GSX-R750
Esse motor recebeu novos perfis dos comandos de válvulas, dutos de entrada e saída dos gases. Uma razão de compressão de 12.3:1 que aumenta o torque em baixas rotações e proporciona uma gama dinâmica nas rotações médias. Na admissão há o sistema de injeção eletrônica com duplas borboletas (SDTV) e o sistema de escapamento contém o “Suzuki Exhaust Tuning” (SET), instalado no interior dos tubos de escape. Esse sistema abre e fecha uma válvula de borboleta, de acordo com a rotação do motor, para maximizar o efeito da ressonância do escape em um regime mais amplo de rotação. O resultado é uma grande aceleração com ótima resposta do acelerador.
Garfo invertido (USD)
Um projeto desenvolvido para competição deve ter suspensão invertida na frente como item obrigatório e a GSR 750 vem com esse tipo de suspensão, da marca KYB. Conta com ajuste na pré carga das molas e é construido com tubos de 41mm de diâmetro.
Posição confortável e dirigibilidade de esportiva
A posição de conduzir tem bons aspectos esportivos. Levemente inclinado à frente, o piloto encontra boa relação entre posição das pedaleiras, banco e guidão. A GSR750 trilha bem nas mãos de qualquer piloto e isso gera confiabilidade e segurança na pilotagem.
Frente do banco mais estreito
A parte dianteira do banco tem pouca largura e uma curvatura que beneficia uma ampla gama de pilotos a alcançar facilmente os pés no chão.
Versão com ABS
O sistema digital ABS é de última geração e compara a velocidade das rodas a cada centésimo de segundo para manter uma potência de frenagem sempre de acordo com a tração disponível.
O chassi é constituído por duas vigas periféricas e é feito em aço. Conta com um desenho leve e esguio e ele divide com o motor parte da sua função estrutural. A estrutura que abraça a parte dianteira do cilindro diminui em muito a possibilidade de torção na região do canote da direção.
A execução de um sistema de estrutura consagrado nas motos de pista usando material mais em conta, com certeza oferece um bom resultado, definindo boa dirigibilidade e mantendo um baixo peso.
Por fim, essa Suzuki GSR 750 A é uma moto que entrega o que promete. Tem boa relação custo x benefício e você leva de graça a herança de uma lenda da motovelocidade mundial.
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