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Foto: Ação Ambiental do Rally dos Sertões passa por todas as cidades que fazem parte do roteiro

Foto: Ação Ambiental do Rally dos Sertões passa por todas as cidades que fazem parte do roteiro

Promover a preservação do ambiente por onde o Rally dos Sertões passou e amenizar os impactos na natureza fazem parte das principais tarefas da organização da prova.

O Rally Internacional dos Sertões é uma competição de reconhecimento internacional não só por por ser incluída entre as maiores provas off-road do Mundo, mas também pelos méritos demonstrados na preservação ambiental por onde passa. Este ano, o Sertões manteve a parceria com o grupo Os Canastras, reponsável por executar os trabalhos em 11 cidades do sertão brasileiro ao longo de dez dias. O grupo percorreu cerca de cinco quilômetros entre as cidades de Goiânia (GO) e Natal (RN), para recolher lixo, distribuir sacos de lixo e caçambas, orientar a população local e recolher possíveis resíduos deixados pelos competidores e veículos. O resultado foi mais uma vez bastante positivo.

Este ano, a ação social do Rally dos Sertões atingiu um extenso número de pssoas, já que a particip ação de competidores na prova também foi uma das maiores. “Para que o trabalho fosse concluído com sucesso, 100 colaboradores foram contratados ou cedidos pelas prefeituras para desenvolver as ações. Tudo isso resultou em cerca de 35.000 pessoas atingidas, cerca de dez toneladas de lixo reciclável, recolhido nos acampamentos, além dos resíduos orgânicos e dois mil litros de óleo recolhidos”, contou Carlos Andrade, coordenador da ação.

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Os números se tornam ainda mais expressivos quando somados a uma tonelada de resíduos recolhidos nas trilhas, entre borracha, plástico, papel, fibra, ferro e alumínio, além de 50 litros de óleo diesel e lubrificantes. Para prevenir que os resíduos fossem deixados nos locais, a organização distribuiu mil cinzeiros ecológicos, três mil sacos plásticos de 100 litros e 300 sacolinhas de pano para carros.

Uma das gran des preocupações da ação ambiental é conscientizar a população local e as próprias equipes quanto aos impactos ambientais que podem ser evitados com a colaboração de todos. “Por onde o Rally dos Sertões passa, sempre há muita visitação da população local e, com isso, a geração de muito lixo. Existe também a preocupação de que os veículos gerem resíduos de óleo lubrificante durante a manutenção. Por isso, fazemos este trabalho de distribuição de recipientes para o lixo e tambores para a coleta do óleo. Tudo muito bem sinalizado”, explicou.

Uma das etapas mais importantes do trabalho foi feita em Goiânia (GO), local da largada dos participantes. “Visitamos todas as equipes no início do Rally e informamos a todos os procedimentos para minimizar os impactos nos acampamentos e nas trilhas”, completou. Muitas vezes, os acidentes podem gerar vazamento de fluídos, vidro, metais, plásticos e fibras. A preocupação da organização é que nada disso fique na natureza. É aí que mais uma vez entra o trabalho dos coletores que não deixam nada para trás em todo o percurso da prova.

Para ter certeza de que nenhum resíduo fique nos loais, a equipe é equipada com rádio e um aparelho chamado Autotrak, que possibilita a ela ser informada de todos os lugares exatos onde aconteceram todos os acidentes e ocorrências da prova. Todos os resíduos coletados têm seu destino garantido. O grupo faz parceria com algumas instituições locais para que todo o material coletado seja reaproveitado da melhor maneira. Quando isso não é possível, o material é destinado aos aterros sanitários.

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O retorno de todos estes anos de trabalho, especialmente nesta 16a edição foi tão favorável que o Rally dos Sertões já pensa em promover outras ações que possam contribuir ainda mais para a preserva ção ambiental como a compensação de carbono e a intenção de criar categorias para veículos que utilizem biocombustíveis. “A maior dificuldade está em encontrar postos que tenham este tipo de combustível disponível ao longo do percurso. Mas tudo isto está nos nossoa planos”, explicou o coordenador.