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Jean Ramos

Jean Ramos

Havia mais de 46 mil pessoas dentro do Coliseu em Oakland, no sábado do dia 26 de janeiro, quando Jean Ramos chegou pela quinta vez em sua carreira a um Main Event de AMA Supercross. Na final, fez a melhor marca da sua curta carreira nos EUA.

Alcançou o 15º lugar, depois de fazer o 17º na etapa de abertura, em Anaheim. Em 2012, na sua temporada de estreia, o brasileiro foi à final da classe 250 em Phoenix, Anaheim 2 e San Diego, conquistando a sequência de 18-16-18, respectivamente.

ENTREVISTA

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Você comentou no Facebook, depois da corrida, que esta pista te deixou “assustado”. Deu medo de fazer alguma parte dessa pista? Ela era realmente mais técnica e difícil? Foi por isso que houve tantas quedas?

Jean Ramos: As pistas vêm a cada dia ficando mais técnicas e difíceis. O supercross não admite erro, e isso pode custar alguns ossos quebrados. As sessões de sequência de saltos têm a cada dia ficado mais longas e mais perto da curva, isso dificulta e muito, assusta muito também, pois as recepções são bem pequenas e técnicas. Se você cometer algum erro é chão na certa, e o espaço para você adquirir tração é muito curto. Então, a técnica é fundamental, mas, com o passar dos treinos as coisas vão melhorando e eu vou achando um jeitinho de me adaptar.

Ainda referente a primeira pergunta. Você falou que “eram coisas da sua cabeça”. O que seriam essas coisas? Explique um pouco melhor, por favor.

Jean Ramos: Correr o AMA Supercross é enfrentar o medo a todo instante. Ver pela TV é dez vezes mais fácil. Os saltos assustam, e muito. Como eu disse, a pista vai melhorando no decorrer dos treinos . Na “heat” e no Main Event, a pista fica mais fácil. É quando eu consigo me soltar mais e perder esse medo. Não é fácil você saltar um triplo com dois metros de recepção, tem que ser muito preciso, tem que amortecer a moto. Caso você calcule errado e encavale, pode acabar com a sua temporada.

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Agora que você atingiu o TOP 15, acha que dá pra ir mais além?

Jean Ramos: Sempre dá pra ir mais além, com certeza. Tenho muito o que evoluir aqui, tenho que acreditar mais em mim e superar minhas dificuldades e a cada dia ultrapassar barreiras. Não estou longe, mas sei que o caminho até lá é longo e terei que ralar muito mais para chegar lá.

Na semana passada você disse que usou pistas diferentes para treinar. Pelo visto, deu certo. Segue na mesma tática nesta semana ou muda algo na sua rotina antes de A3?

Jean Ramos: Sim, isso tem me ajudado muito e minha confiança melhorou. Em time que esta ganhando não se mexe.

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Correr em Anaheim é como correr “em casa”?

Jean Ramos: Acho que é como correr em casa para todos os pilotos, pois todo mundo tem casa aqui perto. Não é uma coisa que faça a diferença só para mim, todo mundo está tranquilo e habituado a tudo em Anaheim.

No âmbito pessoal, já está com saudade de Curitiba?

Jean Ramos: Com certeza. Minha família faz muita falta. Estou focado aqui em evoluir, treinar e tudo mais, mas quando acaba o momento motocross você começa sentir falta das regalias de casa e do Brasil.

Você e Balbi tem se falado aí? Vi que ele emprestou uma peça para você na corrida de Oakland. Conte um pouco mais o que aconteceu? Qual peça era, como que ela danificou, essas coisas…

Jean Ramos: Acabei caindo e quebrando a tampa de proteção do magneto da moto. Isso foi na quinta-feira. A peça nova chegaria só na sexta à tarde. Como teria que viajar para Oakland sexta pela manhã, pois a corrida era longe, Balbi acabou cedendo essa peça, pois ele tinha uma 250F disponível em sua casa, do programa que ele montou aqui na Califórnia. Temos conversado bastante, sempre trocamos informações da pista e onde podemos ser mais rápidos. O povo americano é muito fechado e nessas horas os brasileiros dão de dez a zero.

O que foi melhor, a primeira classificação (em A1) ou a de Oak? Por que?

Jean Ramos: Acho que Anaheim 1, classificar em Anaheim 1 é 10 vezes mais difícil que nas outras etapas, pois todo mundo está nervoso e tudo mais, ainda mais do jeito que foi, e na última volta. Foi muito mais gratificante. Já em Oakland eu apareci bastante na TV, pois Tomac havia caído na largada e estava próximo de mim a corrida inteira, me passando na penúltima volta. Isso deu um pouco de mídia aqui e muita gente veio me falar “WOW você segurou Tomac quase duas voltas”. Pena que foram só duas e não 15 (kkkk!).

Espaço livre pra você mandar a letra…

Jean Ramos: Queria agradecer muito à minha equipe, Escuderia X Motos, aos meus patrocinadores (Adrenalinamx.com, Trato, TBT) e a todos os brasileiros que têm mandado mensagens e me apoiado, isso me motiva e muito, e com certeza me faz querer dar o meu melhor a cada dia!

Fonte: MotoPress – Foto de divulgação

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Antonio Jorge Balbi Júnior estudou suas maiores dificuldades na disputa da categoria 450cc do AMA Supercross 2013 e, durante esta semana, trabalhou em cada uma delas para conquistar a sonhada vaga na corrida principal. Neste sábado, dia 2, ele enfrenta a quinta etapa da temporada, no Angel Stadium, em Anaheim (EUA).

O primeiro passo é tentar melhorar o desempenho no treino qualificatório, uma vez que os resultados definem a ordem de escolha do gate na prova classificatória. “Os mais rápidos largam por dentro e acabam pulando na frente. Tenho que garantir uma posição melhor na largada para não ficar embolado. Foi o que aconteceu na última disputa, quando acabei caindo”, explica o piloto.

Balbi focou a largada em treinos nas pistas de Starwest e Pala nos últimos dias. Junto com seu primo e mecânico, Max Balbi, apostou em uma relação mais curta para aumentar a força da moto no momento que mais precisa. “Estamos trabalhando muito, sinto que a hora de colher bons resultados está chegando. Conto com a torcida dos fãs para alcançar meu objetivo”, finaliza.

Fonte: Imprensa Pro Tork – Foto de Brown Dog Wilson