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Conhe‡a e pequeno e importante equipamento que faz papel importante no motor da sua moto.

Esse artigo de autoria do professor de mecƒnica , preparador de motores e meu grande (literalmente) amigo Renato Gaeta, foi escrito em 1989, quando ainda t¡nhamos motores 2T em fabrica‡Æo. Hoje muita gente ainda roda por a¡ com suas RDs e DTs e precisa saber muito sobre velas. Nos atuais motores 4T a vela ‚ um componente que pode at‚ ser esquecido. O avan‡o da eletr“nica fez a durabilidade da vela aumentar exponencialmente. Basta troc -las (por precau‡Æo) a cada 20.000 km e sua vida ser  sossegad¡ssima.

 ela que ‚ a respons vel pela queima da mistura ar/combust¡vel. Na realidade, ela ‚ a £nica testemunha de como foi que ocorreu a queima e, sendo assim, podemos atrav‚s dela ficar sabendo se a regulagem do carburador e do ponto de igni‡Æo estÆo corretos.

Apesar de sua aparˆncia simples, lembrando um parafuso el‚trico, possui uma fun‡Æo muito importante, pois ‚ ela que conduz a alta voltagem, vinda do sistema de igni‡Æo para o interior da cƒmara de combustÆo, para transform -la em uma centelha (fa¡sca) que vai inflamar a mistura ar/combust¡vel.

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A hist¢ria da vela de igni‡Æo ‚ bastante antiga, com mais de um s‚culo, pois seu desenvolvimento acompanha o desenvolvimento dos motores de combustÆo interna. Diversos sÆo os tipos de velas de igni‡Æo, cada uma delas com a mesma fun‡Æo, por‚m de acordo com os motores em que serÆo instaladas.

Elas poderÆo ter diferentes comprimentos de rosca, al‚m de diƒmetro variado, sendo que algumas possuem at‚ mesmo mais de um eletrodo lateral (para facilitar a fa¡sca). Por‚m, o mais importante ‚ o grau t‚rmico da vela, pois ‚ ele que vai garantir seu bom funcionamento: o grau t‚rmico ‚ importante, porque a vela sofre temperaturas elevad¡ssimas, pois no momento da explosÆo a mistura ar/combust¡vel chega a alcan‡ar cerca de 2.500 graus cent¡grados, fazendo com que a temperatura da vela se eleve para cerca de 850 øC. Em seguida, ela ‚ resfriada pela admissÆo dos gases do carburador. Bem, para que a vela nÆo fique “gripada” nesse resfriamento, ‚ importante, entÆo, a utiliza‡Æo de uma vela que possua dissipa‡Æo de calor adequada ao ve¡culo e ao uso a que vamos destin -la.

Normalmente, a nossa querida moto sai de f brica com a vela ideal para o tipo de motor que ela possui, por‚m n¢s ‚ que vamos decidir que tipo de uso ela ter . Veja bem, se ela tiver um uso espec¡fico para competi‡Æo, onde a rota‡Æo e a conseqente temperatura elevada do motor forem uma constante, maior dever  ser a dissipa‡Æo do calor gerado no motor, com a utiliza‡Æo de uma vela do tipo mais frio, que dissipar  mais rapidamente o calor gerado.

A nÆo utiliza‡Æo de uma vela mais fria ocasionar  a fusÆo dos eletrodos, que poderÆo chegar a uma temperatura ao redor de 1.300 øC.  l¢gico que esta temperatura causar  danos ao motor, e para que isso nÆo ocorra, a utiliza‡Æo de uma vela mais fria ‚ aconselh vel. Da mesma forma que, se o uso da moto ficar resumido a pequenas distƒncias, baixa velocidade, ou mesmo o uso em trƒnsito intenso, o motor nÆo chegar  na temperatura ideal de funcionamento, sendo que, nesses casos, ‚ aconselh vel o uso de uma vela mais quente.

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Para facilitar as coisas para n¢s, simples mortais, a pr¢pria numera‡Æo da vela determinar  o seu grau t‚rmico. Normalmente o n£mero impresso na vela ‚ igual ao da rota‡Æo ideal do motor, ou seja, se o n£mero da vela for 7, significa que esse motor funciona normalmente a uma rota‡Æo m xima de cerca de 7.000 rota‡äes por minuto. L¢gico que isto nÆo ‚ regra, por‚m serve para que possamos entender melhor o n£mero colocado na nossa vela (independente das letras que estÆo junto aos n£meros).

 bastante comum que em motores de dois tempos a vela acabe por se queimar, devido ao ac£mulo de carvÆo na porcelana de isolamento. Neste caso, devemos efetuar a troca da vela e verificar se a carbura‡Æo e o ponto de igni‡Æo estÆo corretos, e, em caso afirmativo, devemos optar por uma vela um ponto mais quente para aumentarmos a temperatura interna do motor, fazendo com que a vela elimine por si pr¢pria o carvÆo decorrente da combustÆo.
Para saber mais: