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Dia de chuva significa dia de grandes desafios e disputas nas trilhas. E o domingo (31) foi bem assim na 2ª etapa da Copa EFX Brasil de Enduro, em Arujá (SP), com chuva, solo molhado e escorregadio e muitas dificuldades. O clima não ajudou em nada, só apimentou ainda mais a briga por pontos fundamentais na corrida pelo título da temporada. Se deu melhor quem soube fazer uma pilotagem segura, como o francês Adrien Metge, vencedor geral da prova e da categoria Elite.

Pilotos aguardam o momento de largar na segunda etapa da Copa EFX Brasil - Foto: Maurício Arruda

Pilotos aguardam o momento de largar na segunda etapa da Copa EFX Brasil – Foto: Maurício Arruda

Competindo com concorrentes que vivem ótima fase, ele tratou de usar a experiência e o conhecimento da região para terminar na frente. Com isso, entra diretamente na briga pela liderança do campeonato. Metge cumpriu a prova em 29min12s12, com diferença de quase 23 segundos para o segundo colocado, Rômulo Bottrel. “Essa é uma região que conheço bem. No ano passado fiquei treinando aqui. Hoje foi diferente porque choveu muito, então, estava muito liso. Estou acostumado com todo tipo de terreno e consegui andar bem. Só errei um pouco na primeira volta na seção de pneus, mas quase todo mundo errou. Estava bem difícil”, confessou. O piloto contou ainda que se sentiu dolorido por conta do esforço. “Estou um pouco machucado. Na semana passada fiz um Enduro de Regularidade e bati muito forte o peito. Como hoje estava bem liso e tinha buracos, está doendo”.

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Devido ao solo molhado, foi preciso fazer algumas mudanças no percurso, para manter a segurança. A decisão foi acertada, na opinião do francês. “A organização cortou um pedaço de uma trilha porque muitos acabaram ficando lá por muito tempo. Foi preciso porque para os que estavam atrás, estava muito difícil fazer a volta. Mesmo com as dificuldades do clima, acho que a organização conseguiu fazer uma boa corrida”.

Rômulo Bottrel chegou a Arujá com a liderança geral e da categoria Elite, mas a vitória de Adrien dificultou um pouco as coisas para o mineiro, que não teve um dia 100%. “As coisas complicaram um pouco. Com o Adrien em primeiro e o Ian em terceiro, vai dar uma misturada boa no campeonato. A primeira especial do dia, o primeiro Cross teste, não consegui fazer tão rápido quanto o Adrien nesse terreno de lama. Nas outras voltas, consegui tirar um segundinho no Extreme. Na última, consegui empatar com o Adrien, então, acho que fiquei em segundo por conta dessa primeira especial”, analisou. “A trilha estava bem molhada. Choveu bastante durante a noite e aqui já é uma região um pouco úmida. Ficou bem escorregadio, mas estava legal. As especiais foram espetaculares. Essa foi uma prova bem disputada, mas tem muito campeonato pela frente ainda. É apenas a segunda etapa”, concluiu.

Adrien Metge, vencedor da categoria Elite na segunda etapa da Copa EFX Brasil - Foto: Maurício Arruda

Adrien Metge, vencedor da categoria Elite na segunda etapa da Copa EFX Brasil – Foto: Maurício Arruda

Direto do Estados Unidos, Ian Blyte ainda está se acostumando com as competições brasileiras, mas já mostrou que chegou para brigar com os ‘mais experientes’ em provas nacionais. Neste domingo, ele faturou o terceiro lugar da Elite, com 30min35s82. “Foi interessante. Eu estava muito animado. O Cross Teste foi muito legal. Infelizmente, com a chuva, não fizemos o Enduro Teste, o que me deixou desapontado. Eu cometi muitos erros durante o Extreme Teste nas duas primeiras voltas, estava pilotando bem durante todo o dia, mas saí um pouco do foco e perdi muito tempo. Perdi a corrida hoje, mas me diverti e na última volta fiz alguns bons testes”, avaliou o norte-americano.

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Além dos pilotos da Elite, a etapa recebeu um bom número de destemidos competidores em várias categorias, que enfrentaram com muita garra as trilhas cheias de lama. Na Júnior, a vitória ficou com Bruno Crivilin, que também se deu bem na geral. Diego Colett consegui fazer uma boa corrida e se garantiu em primeiro na E1, mantendo a invencibilidade na categoria. Na Feminina, Janaína Souza ainda é uma ‘pedra no sapato’ das concorrentes e terminou a etapa de Arujá sem dar muitas chances às demais. “Hoje estava muito técnico, com muita lama. Tinha que andar esperta para não fazer besteira, não cair e se machucar. Tinha que andar mais ligada, no trilho, porque senão, havia uns buracos grandes, que se a moto ficasse ali, era perigoso perder a prova. Procurei andar com cabeça. Em um dos trechos, umas 20 motos ficaram enroscadas e eu acabei ficando para trás. Isso me fez atrasar uma hora no CH. Nunca aconteceu isso comigo. Consegui fazer bem o Extreme. Na primeira volta eu cai, na segunda já fiquei mais esperta. Consegui manter a invencibilidade no campeonato e, agora, é esperar a próxima etapa”.

A E2 teve a vitória de Ruan Marra, a E3 de Otávio Carradori, a E4 de Bruno Martins, a Over 35 de Dário Júlio, a Over 45 de Alencar Krefta, a E5 de Thyago Roch, a E6 de Rodrigo de Mendonça, a E7 de Luis Fernando Cler Pinheiro e a E8 de Gilson Fernandes. Entre as equipes, o Zanol Team Rinaldi ASW foi o vencedor.

Para a organização, o trabalho valeu mais que a pena, afinal, todos os pilotos saíram satisfeitos e já ansiosos pela próxima disputa. “Depois de um tempo parados, retornamos com nosso estilo de sempre que é prova com chuva”, brincou Fábio Simões, diretor do Adrenatrilha Trail Club. “Mais uma vez tivemos chuva, mas graças a excelente equipe que temos saiu tudo bem, mesmo com as dificuldades do terreno molhado”, finalizou.

Confira os resultados da etapa – Copa EFX Brasil:

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Copa EFX Brasil - resultados da 2ª etapa

Copa EFX Brasil – resultados da 2ª etapa

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