Na histórica edição comemorativa aos 25 anos de produção deste ícone da esportividade em duas rodas, a Honda CBR 1000RR Fireblade chega às lojas a partir de dezembro (em um lote promocional com 25 unidades. Após, a rede Honda Dream passa a receber novas motos em fevereiro). Apresentada no Brasil durante o Salão Duas Rodas, a moto moveu com o imaginário daqueles que admiram velocidade e controle, pois retorna ao país em sua versão mais recente – com aproximadamente 90% de seus componentes inéditos – e também na exclusiva edição CBR 1000RR Fireblade SP, disponibilizada pela primeira vez por aqui.
A pré-venda do modelo foi realizada desde sua apresentação, em São Paulo. Os preços públicos sugeridos são R$ 69.990,00 para a CBR 1000RR Fireblade e R$ 79.990,00 na versão SP – sem considerar despesas de frete e seguro. Importada do Japão, a moto está disponível nas cores vermelha ou preta metálica (Fireblade) ou a versão nas cores da HRC em vermelho, preto e branco (exclusiva da SP). Além disso, conta com 3 anos de garantia e o serviço “Honda Assistance 24h”, com assistência durante todo o período de vigência da garantia em território brasileiro, e também Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai.
CBR 1000RR Fireblade: mais potência, menos peso e muita tecnologia
Em comparação ao modelo anterior, a nova Fireblade está com uma relação peso/potência 14% melhor, 15 kg mais leve, 11 cv mais potente e com a embreagem requerendo 17% menos força de acionamento em sua operação. Na prática, isto significa que são 191,7 cv (13.000 rpm), 11,82 kgf.m de torque (a 11.000 rpm), 13,0:1 de taxa de compressão (antes era 12,3:1), 171 kg a seco e itens em magnésio ou titânio, como tanque de combustível e escape, que contribuíram para a redução.
Segundo a marca, os novos conjuntos ciclísticos e mecânicos da CBR derivam diretamente da RC213V-S, versão street do modelo RC213 utilizado pela Honda na MotoGP. Por isso, também há um amplo aparato tecnológico na superesportiva, seguindo o conceito chamado pela montadora de “Nova era do Controle Total”, que buscou “elevar a tecnologia, desempenho e segurança em níveis nunca atingidos por uma motocicleta desta categoria”. Entraram na lista de equipamentos: unidade de medição de inércia (IMU), sistema TCS de controle de tração regulável (HSTC), novos freios ABS, novo sistema de seleção do modo de condução (RMSS), acelerador eletrônico (TBW), 5 modos de pilotagem, 9 níveis de controle de tração, 3 níveis de freio motor e configuração da suspensão dianteira em seis níveis (apenas na SP), por exemplo.
Os três primeiros modos de pilotagem estão divididos em Street (Modo 3), para uma pilotagem mais suave e que prioriza o conforto; Winding (Modo 2), que equaliza características esportivas em um nível não tão arisco de condução; e Track (Modo 1), onde toda força e desempenho são disponibilizados a pleno, ou mesmo desligados por completo. Para isso, uma central eletrônica mantém pré-ajustados parâmetros de funcionamento de três características básicas: potência do motor, controle do torque e o controle do freio-motor. Já os 4 e 5 são de definições pessoais e totalmente configuráveis do piloto, possibilitando personalizar e gravar na memória do sistema os níveis desejados de atuação para cada um dos parâmetros, com cinco níveis de potência, nove para a seleção de torque e três para o freio-motor. “A grande vantagem destes modos é facilitar diferentes configurações na motocicleta. Fica muito mais fácil, por exemplo, o piloto ter um mapa para correr em Interlagos e outro específico para Londrina (no Autódromo Ayrton Senna)”, comentou o engenheiro da Honda, Alfredo Guedes.
Outro detalhe interessante está na atuação da unidade de medição de inércia (IMU), com o controle de tração (HSTC) e sensores fixados nas rodas. Estes trabalham de modo a auxiliar na condução e minimizar erros do piloto, por exemplo, não permitindo que situações de aceleração bruta tirem a roda da frente do solo façam a roda traseira escorregar em saídas ou entradas de curvas. Na prática, o “controle de Wheelie” está diretamente ligado ao HSTC, que ajusta a derrapagem, trabalho do acelerador e ângulo de inclinação, mas que também pode ser desligado se o piloto assim preferir.
Todas as informações são exibidas e monitoradas através do painel de instrumentos, totalmente digital. Além de possuir um sensor que se adequa automaticamente à luz ambiente para facilitar a visualização das informações em qualquer situação de iluminação, ele também é completo em informações. O instrumento exibe dados específicos sobre o modo de condução, como tempo de volta, temperatura e até o ângulo de posicionamento da manopla do acelerador – além de informar, claro, hodômetro total e parcial, consumo médio e instantâneo, velocímetro, tacômetro e luzes de alerta.
Exclusividades da versão SP
A versão topo do linha da CBR 1000RR Fireblade traz alguns itens que lhe conferem exclusividade, no visual e mecânica. Destaque para a suspensão ajustável e as novas pinças de freio (assinadas pela Brembo). Fabricada pela Öhlins, a suspensão possui seis níveis de ajuste, sendo três manuais e outros três automáticos, selecionados eletronicamente através do painel de instrumentos. Como exclusividade, há também câmbio quickshifter de 6 marchas e o uso de uma bateria de Li-On, que propicia baixa taxa de descarga e vida útil maior.
Design e motor na essência HRC
As mudanças visuais da nova CBR 1000RR foram pensadas para conferir um ar mais ‘agressivo e jovial’ ao modelo, com traços mais angulosos, “fruto do conceito Forward-looking lines”. Para isso, as carenagens, por exemplo, ficaram menores, mais justas e também mais compactas – o que também proporcionou uma melhora aerodinâmica e na refrigeração do motor, com mais entrada de ar nos dutos dos radiadores, nas laterais dos faróis e lanternas. A nova rabeta também merece destaque, elevada, e com o assento em dois níveis, com altura de 832mm (834mm SP). As rodas também receberam novo conceito de design, em ‘Y’, com redução de 6 para 5 raios – o que também buscou reduzir o peso da motocicleta.
FICHA TÉCNICA HONDA CBR 1000RR FIREBLADE |
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FIREBLADE |
FIREBLADE SP |
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MOTOR |
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Tipo | DOHC, quatro cilindros, quatro tempos, arrefecimento líquido | |
Cilindrada | 999,8 cc | |
Diâmetro x curso | 76,0 x 55,1 mm | |
Potência máxima | 191,7 cv a 13.000 rpm | |
Torque máximo | 11,82 kgf.m a 11.000 rpm | |
Sistema de alimentação | Injeção Eletrônica, PGM-FI | |
Taxa de compressão | 13.0: 1 | |
Sistema de lubrificação | Forçada, por bomba trocoidal | |
Transmissão | Seis velocidades | |
Embreagem | Multidisco em banho de óleo | |
Sistema de partida | Elétrica | |
Combustível | Gasolina | |
SISTEMA ELÉTRICO |
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Ignição | Eletrônica | |
Bateria | 12 V – 6 Ah | |
Farol | LED | |
CHASSI |
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Tipo | Diamond Frame | |
Suspensão dianteira | Garfo telescópico | |
Curso: Amort. / Eixo roda | 120 / 110 mm | |
Suspensão traseira / curso | Pro-Link | |
Curso: Amort. / Eixo roda | 62 / 137 mm | 60 / 133 mm |
Freio dianteiro / diâmetro | Disco / 320 mm | |
Freio traseiro / diâmetro | Disco / 220 mm | |
Pneu dianteiro | 120/70 ZR17M/C (58W) | |
Pneu traseiro | 190/50 ZR17M/C (73W) | |
DIMENSÕES |
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Comp x Larg x Alt | 2.065 mm x 715 mm x 1.123 mm | 2.065 mm x 715 mm x 1.125 mm |
Distância entre eixos | 1.404 mm | |
Distância mínima do solo | 127 mm | 129 mm |
Altura do assento | 832 mm | 834 mm |
Capacidade do tanque | 16,1 litros (3,7 litros p/reserva) | |
Peso seco | 178 kg | 177 kg |