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Os novos motores V4 da Ducati têm a capacidade de se transformar em motores gêmeos paralelos. Não se trata de mágica, é uma tecnologia já conhecida no mercado e aplicada também por concorrentes. Saiba mais sobre a novidade que equipa motos italianas como as novas Multistrada e Diavel.

Motor 2 em 1 da Ducati

Os novos motores da Multistrada e Diavel utilizam um sistema que corta a ignição e a potência aos dois cilindros traseiros do conjunto V4. Um “motor 2 em 1” da Ducati que de forma quase imperceptível para o piloto, mantém a moto apenas em funcionamento com os cilindros dianteiros.

Este sistema foi inicialmente introduzido pela Ducati em 2018, com o modelo Panigale V4 e funcionava apenas quando a moto estava em marcha lenta. Porém nas motos mais recentes como a Multistrada e Diavel funciona mesmo rodando em baixa velocidade ou aceleração reduzida.

Modelos como a exclusiva Ducati Diavel 1260 S “Black and Steel” tem motor com a tecnologia 2 em 1

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Vale lembrar que essa tecnologia não é exclusiva da Ducati, nem foi desenvolvida pela primeira vez pela marca italiana. A norte-americana Indian também adotou o mesmo sistema em seus motores V-Twin em 2018, desligando o cilindro traseiro. Assim como a rival Harley-Davidson que faz uso desse tipo de sistema.

Sistemas como o chamado “Engine Idle System” fazem parte do pacote muitas motos hoje, agindo de acordo com a temperatura do motor. Isso porque a temperatura – nos motores em V – podem ser mais elevada na unidade traseira – que fica menos exposta ao resfriamento devido à sua localização.

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Vantagens desse tipo de sistema 

A introdução desse tipo de sistema, de desligamento de cilindros, vai além de reduzir o calor no bloco traseiro. Há também o benefício direto na redução de consumo e emissão de gases poluentes. Porém, o sistema não atua apenas cortando a injeção no bloco traseiro…

ducati Multistrada v4

Multistrada V4 também se beneficia da novidade

Isso porque, para manter a rotação, o motor com cilindros “cortados” seria obrigado a compensar com um desempenho maior do bloco dianteiro. Desta forma, sistemas como o Ride-by-wire permitem um gerenciamento para que não haja perdas perceptíveis de desempenho.

O controle eletrônico também permite que o motor funcione regularmente em baixas rotações. Em resumo, a mudança no desempenho do sistema só é perceptível no som emitido pelo motor e pelo conjunto de escapamento. Não há nada o que se preocupar, e quando o acelerador for puxado, os cilindros “extras” voltam a ação!

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Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]