À medida em que o evento antecipa informações sobre a edição 2023, as fabricantes de motos também revelam novidades sobre o Dakar. Ou deixam vazar.
E foi assim que começou a surgir o assunto de que a MV Agusta pode estar planejando um ingresso no maior rali do mundo. Ou, talvez, um regresso. Isto porque a marca tem forte ligação com a Cagiva, bicampeã (1990 e 1994) da competição com a Elefant 900 – que, inclusive, inspirou novas big trail da MV.
MV Agusta e a ‘volta’ ao Dakar
A história da Cagiva (hoje sob o guarda chuvas da marca MV Agusta) no Dakar é gloriosa, com 11 pódios conquistados entre 1990 e 1997. Teve direito até a dois títulos e uma dobradinha, em 1994, quando o italiano Edi Orioli e o espanhol Jordi Arcarons conquistaram os dois lugares mais altos do pódio.
Agora os tempos dourados podem voltar. Nas últimas semanas os rumores de que a MV Agusta vai criar uma equipe própria para a competição ganharam força. Além disso, representantes do Dakar teriam se encontrado com gestores da fabricante para apresentar informações sobre a edição 2023.
Se a marca realmente confirmar sua participação será uma grande supresa para amantes do off road de todo o mundo, pois este é um nicho em que a MV Agusta ainda não atua. Apesar de ter lançado duas big trail no ano passado, a marca precisará desenvolver novas motos compatíveis com o regulamento atual do rali – monocilíndricas e com até 450cc, por exemplo.
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MV e suas ‘motos do Dakar’
Atualmente, o lineup da MV Agusta tem dois modelos inspirados na antiga Cagiva Elefant 900, que representam a marca no nicho das big trail. São as Lucky Explorer 9.5 e Lucky Explorer 5.5.
Além do conceito, as marcas homenageiam a antiga italiana até no nome. Afinal, as Cagiva dos anos 1990 eram patrocinadas pela marca de cigarros Lucky Strike, famosa pela cores branca e vermelha, que deu origem ao ‘Lucky Explorer’ usado nas novas aventureiras.
Resumidamente, a Explorer 9.5 é a irmã mais poderosa. É movida por um motor de 3 cilindros em linha e 933 cm³, que gera 125 cv de potência e 11 kgf.m de torque máximos. Já a 5.5 é a opção de entrada, com motor de 2 cilindros em linha e 554 cm³. Ela entrega ‘apenas’ 47 cv (e 5,2 kgf.m) para se encaixar na categoria A2 na Europa. Sucesso de vendas, os modelos somaram mais de 15 mil encomendas durante sua pré-venda, no início de 2022.