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Como esperávamos, a Scram 411 chegou. O modelo já está disponível nas 23 lojas da Royal Enfield no Brasil e aposta num nicho pequeno e interessante, o das motos scrambler.

Por aqui, a pequena clássica derivada da Himalayan tem preço sugerido de R$ 22.490 e está disponível em nada menos de 7 cores, organizadas em 3 grafismos distintos. Mas será que vale a compra?

scram 411 lançamento

Aventureira urbana, Scram 411 quer agradar quem busca uma moto ágil e estilosa

 

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Teste Scram 411, lançamento Royal Enfield

Rodamos com o modelo na ação de lançamento promovida pela marca no Rio de Janeiro (RJ), região de grande sucesso comercial da Himalayan. Curto e limitado basicamente à área urbana da cidade, o test ride esteve mais para passeio, mas foi suficiente para mostrar o potencial do novo modelo.

Antes de falar como é andar na nova Scram 411, vale lembrar sua ficha técnica. Ela compartilha motor, chassi e muitos outros itens da Himalayan, de quem deriva. Assim, é movida pelo conhecido LS411, que entrega 24,3 cv a 6.500 rpm e 3,3 kgf.m de torque a 4.250 rotações. O câmbio é o mesmo, de 5 marchas.

Mas há diferenças com a Himalayan, basicamente na ciclística e no visual. Na primeira, a Scram tem a supensão dianteira levemente menor (190 mm de curso contra 200 da trail), além de roda 19″ na dianteira, ao invés de 21″. Assim, também ficou 20 mm mais próxima do chão. Aqui, há 200 mm de vão livre do solo e o banco está a 795 mm do piso.

scram 411 branca

Modelo tem banco, roda dianteira e carenagem exclusivas. Com suspensão 10mm menor, também é mais baixa que a Himalayan

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Já as alterações no design quase nos fazem esquecer que se tratam de motos ‘irmãs’. Sem proteções metálicas na dianteira, a Scram parece ser uma moto menor e muito mais leve. Além disso, tem pequenas carenagens no tanque (com os mesmos 15 litros) e laterais exclusivas. Para fechar, o banco da Scram também é exclusivo.

 

A Scram 411 é boa de rodar?

O teste rolou no Rio, percorrendo aproximadamente 90 km em paralelo de belas praias, túneis e regiões de mata altântica. Ainda, proporcionou uma amostra do caótico trânsito carioca.

Como esperado, a Scram 411 anda bem na cidade e passa com facilidade entre os carros. Além disso, muda com facilidade de pista ou traçado, mesmo entre os carros parados.

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roda scram 411

Roda dianteira menor deixou a dianteira mais leve, sensação reforçada pelo campo visual limpo ao guidão

Sem bolha, farol centralizado ou proteções no seu campo visual, passa a impressão de ser muito mais leve que a Himalayan – mesmo que, na prática, seja ‘apenas’ 5 quilos mais leve que a irmã, pesando 185 kg a seco. A sensação de leveza é reforçada pela roda dianteira que, menor, sofre menos com o efeito giroscópico.

O ride também passou por uma curta estrada sinuosa, onde a Scram 411 mostrou potencial para encarar curvas sem medo. Completando, teve um brevíssimo trecho off road com terra, areia e lama, que o modelo atravessou sem qualquer dificuldade. Porém, para cravar seu bom desemenho nestes usos é necessário rodar uma quilometragem muito maior.

 

Qual comprar: Scram ou Himalayan?

Aqui, um ponto interessante. Se para muitos o lançamento pode até acabar tirando vendas da Himalayan, segundo a Royal Enfield a trail não só acolhe bem a irmã nas lojas como até vendeu mais em alguns países desde que a Scram foi lançada. Além disso, elas têm propostas distintas.

A Himilayan é uma trail, construída para ser uma grande aventureira. Sob os olhos da marca, uma moto para ‘cruzar montahas e viajar com muita bagagem’.

Enquanto isso, a Scram 411 é pensada para as aventuras urbanas. Por isso tem a dianteira mais leve, garantindo mais agilidade no trânsito, mas mantém características aventureiras para encarar buracos, estradas ruins, pedras e mais. É uma moto, segundo a Royal, ideal para o dia a dia e lazer nos finais de semana.

motor scram 411

Motor é o mesmo da Himalayan. Com 24,3 cv e 3,2 kgf.m de torque, poderia ser mais elástico

 

Pontos negativos da Scram 411

O ride foi curto demais para identificarmos problemas crônicos ou aproveitarmos as virtudes do modelo, então aqui destacamos apenas primeiras impressões boas e ruins. Como pontos negativos estão o painel LCD básico (que informa apenas velocidade, combustível, hora, odômetro e trips A e B) e o câmbio de 5 marchas. Se o computador de bordo poderia ter contagiros, termômetro e indicador de consumo médio, uma sexta marcha traria mais conforto em rodovias.

painel nova scram 411

Painel é bonito e tem fácil leitura, mas merecia mais informações (como contagiros e indicador de consumo médio)

 

Pontos positivos

Seguramente, o principal ponto positivo da nova Scram 411 é o design. Bem resolvido, tem agradável nível de acabamento e combina com a proposta despojada e urbana do modelo. De quebra, é favorecido pelas diversas opções visuais, com diferentes combinações de grafismos e cores – mais discretas ou salientes, brilhosas ou foscas.

Ágil e mais leve que a irmã, principal atributo da Scram 411 é o visual despojado de uma scrambler moderna

Outra virtude está na agilidade, favorecida pela dianteira mais leve – tanto na balança quanto no campo visual. Quem fecha a lista é a versatilidade, afinal estamos falando de uma moto derivada da Himalayan e com grande potencial para encarar cidades, estradas e pisos ruins.

 

Preço, cores e versões

A nova Royal Enfield está disponível em versão única, com três combinações de grafismos e sete opções de cores. O preço sugerido da Scram 411 é R$ 22.490. A garantia é de 3 anos e o modelo participa do programa de revisões de preço fixo da marca. Para comparação, a Himalayan custa R$ 24.290.

Veja também:

 

Vale a pena comprar a Scram 411?

Um veredito como este requer um contato profundo com o modelo, algo que ainda não tivemos. Porém, já é possível antecipar que a Scram 411 parece merecer a atenção de quem busca uma moto para o uso diáro ou em pequenas viagens.

vale a pena comprar scram 411

Nova Scram 411 pode ser uma boa opção para quem busca se diferenciar na multidão e gosta de encarar aventuras

Ademais, parece projetada àqueles mais apegados ao design das motos clássicas que ao desempenho esportivo e que gostam de se diferenciar da multidão. Por fim, outra vantagem costuma estar relacionada à segurança pública, uma vez que a Himalayan é um modelo pouco visado para delitos.

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza