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Painel da CB 500

Painel da GS 500E

Uma moto perfeita. Essa era a promessa da Yamaha?

Em agosto de 1986 Duas Rodas realizava para sua edição de setembro, o teste com uma Yamaha RD 350LC pré-série. Prometia a seus leitores que, em seguida, faria uma avaliação mais exata com a RD já de linha, sem as limitações usuais de um “protótipo”. Ao contrário do que esperávamos, e de muitas cobranças à Yamaha, a moto de série demorava.

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Finalmente, no início de novembro, surgiu a notícia de que as RD 350LC estariam chegando às revendas. Era, portanto, hora de efetivamente testar a moto que o motociclista poderia comprar na loja. Começou então uma verdadeira maratona com a Yamaha. Durante mais de 20 dias os telefonemas foram diários, falando com diversos escalões da fábrica, e a resposta era sempre a mesma: “ainda não temos data exata de entrega. Mas quando a RD for para Duas Rodas estará absolutamente perfeita. em condições de passar por todos os testes”.

Quando finalmente a RD 350LC tão esperada e preparada saiu da fábrica não foi preciso mais de 100 metros para constatar que era uma motocicleta com problemas. “Shimava” (balançava) a frente em reta, estava “horrível de curvas”, vibrando demais entre diversos outros problemas como pode ser conferido no teste.

Mesmo assim, oficialmente Duas Rodas recebeu essa unidade “em perfeitas condições de teste” e é dentro desse critério que a motocicleta foi julgada. Agora, se for com motocicletas assim que o mercado será alimentado, só temos a lamentar. De todos os testes que fizemos com os vários protótipos da RD 350LC, e já foram vários, a pior unidade foi justamente a considerada “perfeita” pelo fabricante.

Se isso não parece fazer muito sentido, um “release” (notícia para divulgação) da própria Yamaha mostrou-se “coerente”: noticiava que a Yamaha RD 350LC havia sido eleita a “Moto do Ano” por um júri formado por jornalistas especializados do Rio Grande do Sul e supervisionado por uma revista chamada Moto Auto. O estranho dessa notícia, divulgada pela própria Yamaha, vale lembrar, é que um veículo só pode ser considerado “do ano” quando alguém respeitado já andou nele e assim pode julgar suas virtudes. Como na ocasião os jornalistas do júri só poderiam ter experimentado protótipos, já que a moto não havia chegado às revendas. Mas em um ponto a Yamaha está cheia de razão. É quando seu diretor comercial, Hiroshi Ukon, afirma que a principal preocupação de sua empresa deve ser com o controle de qualidade. Roberto Araújo

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Fichas Técnicas Medições

SUZUKI GS 500E 1998

HONDA CB 500 1998 Velocidade Máxima efetiva 180,8 km/h 183,3 km/h Aceleração 0-50 km/h 1’82 1’50 0-100 km/h 5’50 4’70 0-150 km/h 13’2/ 12’70 0-400 metros 14’10 13’20 0-1000 metros 26’85 26’35 Retomada 50-100 km/h 10’65 8’32 50-150 km/h 26’47 19’15 Consumo máximo 12,50 km/L 9,70 km/L mínimo 30,20 km/L 24,60 km/L médio

17,50 km/L 14,70 km/L

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Aferição do velocímetro 50 km/h 48,40 km/h 46,90 km/h 100 km/h 92,50 km/h 97,20 km/h Frenagem 60 km/h 13,00 metros

13,40 metros 100 km/h 37, /0 metros 39,90 metros

Especificações Técnicas

SUZUKI GS 500E 1998 HONDA CB 500 1998 Motor TIPO 4 tempos, DOHC, 2 cilindros em linha, 2 válvulas por cilindro, potência de 52cva 9.000rpm, torque de 4,2 kglm a 7.500. arrefecido a ar, 487 cm3 (74mm x 56,6mm), taxa 9: 1 4 tempos, DOHC, 2 cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, potência de 54cv a 9.500rpm, torque de 4,5 kgf.m a 8.000 rpm, arrefecido a líquido, 498,8 cm3 (73 x 59,6 mm). Taxa de 10,5:1 ALIMENTAÇÃO 2 carburadores BST 33 úmido 2 carburadores VP 33 LUBRIFICAÇÃO forçada, cárter úmido forçada, cárter úmido IGNIÇÃO eletrônica eletrônica SISTEMA ELÉTRICO 12V 12V-8Ah Câmbio TRANSMISSÃO PRIMÁRIA: engrenagens engrenagens TRANSMISSÃO FINAL: corrente corrente

EMBREAGEM multidisco em banho de óleo. multidisco em banho de óleo MARCHAS 6 6 Ciclística

QUADRO

Perimetral de aço berço duplo de aço SUSPENSÃO DIANTEIRA garfo telescópico (120 mm) garfo telescópico (115 mm) SUSPENSÃO TRASEIRA monoamortecedor (115 mm) bichoque (117 mm) CURSO (mm) 115 115 PNEU DIANTEIRO Bridgestone 110/70-17 Pirelli 110/80-17 PNEU TRASEIRO Bridgestone 130/70-17 Pirelli 130/80-17 FREIO DIANTEIRO disco simples (310 mm) disco simples (296 mm) FREIO TRASEIRO disco (250 mm) disco (240 mm) PESO (a seco) 169kg 173 kg COMPRIMENTO 2.075 mm 2.090 mm LARGURA 755 m 720 mm ENTREEIXOS 1.410 mm 1.430 mm ALTURA DO ASSENTO 830 mm 775 mm TANQUE 17 litros 18 litros