Com mais de 28 mil emplacamentos só em 2021, o Honda PCX é o scooter mais vendido do Brasil. E de longe. Mas o que está por trás do seu sucesso? O que faz dele o favorito dos brasileiros? Buscamos as respostas neste teste e aproveitamos para falar sobre consumo, desempenho e itens de série. Aproveite.
Conhecendo o Honda PCX
O Honda PCX é movido por um motor monocilíndrico de 149,3 cm³ e arrefecimento a líquido. Gera potência máxima de 13,2 cv a 8.500 rpm e 1,38 kgf.m de torque a 5.000 rpm – com câmbio automático do tipo CVT. O conjunto conta com sistema de economia – idling stop – que atua desligando automaticamente o motor nas paradas em semáforos e religando a moto assim que o acelerador é acionado.
Seu chassi é composto pela estrutura em tubos de aço, com suspensão telescópica hidráulica na dianteira. Enquanto na traseira os amortecedores contam com molas de três estágios. Os cursos das suspensões são de 100 mm, em ambas as rodas pequenas de 14 polegadas. Os pneus têm dimensões de 100/80-14 na dianteira e 120/70-14 na traseira.
O scooter é oferecido em quatro versões, com cores exclusivas para cada: CBS, ABS, Sport e DLX. A CBS é a versão de entrada, equipada com freio combinado, que conta com disco na dianteira e tambor na traseira. O restante tem ABS na dianteira e variações apenas no visual.
Em todos os modelos, o PCX tem iluminação full-LED, painel 100% digital com display do tipo Blackout e tomada 12V. Além disso, o modelo tem sistema de chave presencial – Smart Key. Como era de se esperar, o scooter mais vendido do Brasil é bem-equipado.
Testando o Honda PCX DLX
O Honda PCX DLX tem visual moderno, seja pela combinação de cores ou farol e lanterna traseira de LED. Chama atenção por onde passa! E de fato seu conjunto de luzes ilumina bem.
O painel é quase completo e bem visível em qualquer situação. Tem hodômetro total e um parcial, relógio, mostrador de combustível, luzes de sinalização, um belo indicador de setas para cada lado. E o consumo médio é calculado em tempo real.
O Idling Stop é uma boa ferramenta para o dia a dia. Não se ouve o motor de partida acionado ao acelerar o scooter e nem mesmo no momento de partida pelo botão. O modelo é bem suave e silencioso.
Em termos de dimensões, o PCX vai bem em corredores. Com seu tamanho, passa em quase qualquer lugar. Mas, comparado ao ADV 150 que testamos, não é tão confortável quanto devido sua altura, tamanho de rodas e suspensões.
No entanto, não é uma experiência totalmente desconfortável. A plataforma para os pés do PCX permite deixar as pernas em três posições, de acordo com o gosto do piloto, e as pedaleiras do garupa têm um bom tamanho.
Vale ressaltar que as suspensões do modelo são razoáveis, melhoraram bem desde suas primeiras unidades – quando foi lançada haviam queixas de final de curso na traseira e dores na coluna. Por fim, os freios passam bastante confiança, sendo que a versão DLX testada tem dianteiro com ABS.
Scooter urbano!
Na cidade: com suspensões e as rodas pequenas (aro 14) ela não se dá muito bem em asfalto mal cuidado e com buraqueira ou terrenos acidentados. Mas em um caminho bem cuidado o scooter flutua! É leve e ágil, um prazer de andar. O espaço embaixo do banco (com capacidade para 25 litros, suficiente para um capacete fechado) também é super útil.
Na estrada: em asfalto bom ela vai bem, porém não tem uma boa velocidade final e acaba sofrendo em ultrapassagens. Sua aerodinâmica ajuda um pouco deixando a viagem menos cansativa. Em comparação com o ADV 150, o PCX é totalmente urbano enquanto o irmão aventureiro se arrisca – e até surpreende – fora do asfalto.
Veja também:
- Teste Honda ADV 150: veja como se saiu na estrada e off-road
- Moto elétrica da Honda, como é o PCX que queremos aqui
- Novo NMax 2021: 5 quesitos nos quais o PCX ainda é melhor
Consumo e velocidade final PCX 150
No nosso teste com o PCX DLX atingimos a velocidade máxima de 109 km/h no painel (100 km/h no GPS), até cortar o giro. Como ele tem boa acelaração segue sendo uma ótimo opção para a cidade, mas seu desempenho é tímido para pegar a estrada ou fazer viagens.
No quesito consumo, o computador de bordo registrou médias de 28 km/l a 30 km/l, mas na bomba os números foram um pouco melhores. Na prática, o PCX fez de 29,5 km/l a 33,9 km por litro. Como o tanque tem 8 litros, o modelo tem autonomia na casa dos 240 km.
Vale a pena comprar o Honda PCX?
Demorou, mas os scooter enfim caíram no gosto do brasileiro. Por isso novos lançamentos não param de chegar e marcas como a Honda já têm opções para todos os bolsos e gostos, indo das 125 cc às 750 cc, de pouco acima de R$ 10 mil até beirar a casa dos R$ 100 mil. E o PCX é o mais vendido deles.
Após o teste ficou fácil entender o sucesso do PCX. É um bom produto, com design atual, bom nível de acabamento e ótimos itens de série. Econômico, ágil e com boas acelerações, agrada quem procura uma solução de mobilidade urbana. Como muitas comodidades e funcionamento suave, também ganha pontos com aqueles que estão chegando agora ao mundo do motociclismo.
E o preço? Os valores sugeridos pela marca variam de R$ 14.690 do CBS aos R$ 16.740 dos DLX e Sport. Já nas concessionárias, segundo a Fipe, o scooter da Honda sai por aproximadamente R$ 20.100. O preço a se pagar por um bom scooter que tem a seu favor a maior rede de concessionários (e assistência técnica) do país.