A MV Agusta apresentou ao mundo modelos de motos trail, ainda em 2021, com uma dupla que fazia referência aos tempos de glória da marca subsidiária Cagiva. No entanto, essas duas grandes aventureiras inspiradas no antigo rali Paris-Dakar podem não chegar tão cedo ao mercado, ou sequer chegar…
MV Agusta enfrenta um problema grande e antigo
Há anos, a MV Agusta enfrenta um grande problema: dinheiro! De 2000 a 2016, a marca italiana passou por uma série de proprietários, incluindo a Proton, Harley-Davidson até a Mercedes AMG – que lhe rendeu até modelo especial com Lewis Hamilton.
No entanto, já faz um bom tempo que a MV Agusta não lançou nenhuma plataforma totalmente nova. Suas lindas motos naked e esportivas seguem baseadas em designs de motores antigos. Fato que mudou só recentemente, quando a MV apresentou a adventure Lucky Explorer 9.5 no Salão de Milão EICMA de 2021, acompanhada pela Lucky Explorer 5.5, menor.
As pré-vendas da dupla foram um sucesso e agora MV só precisa construir as motos e colocá-las no mercado. É aí que a história começa a ficar complicada e entra o grupo da KTM em cena…
Marca não deve entrar em segmento novo
Em novembro, o grupo dono da KTM comprou 25,1% do capital da MV Agusta. E o envolvimento do novo dono não será apenas na cadeia de suprimentos e distribuição, mas também em certas estratégias de desenvolvimento de produtos.
E segundo o diretor administrativo da Pierer Mobility AG, Stefan Pierer, o primeiro passo é trabalhar em conjunto nos modelos de produção atuais e, depois de finalizar isso, assumir a distribuição mundial.
No entanto, será na hora de desenvolver certas estratégias de desenvolvimento de produtos que as coisas devem ficar diferentes… Segundo a opinião do novo diretor, o projeto das big trail Lucky Explorer não faz sentido!
Isso porque, de acordo com Pierer, o mercado das motos aventureiras é um segmento difícil e competitivo de se estar presente. E na opinião dele, “ninguém espera por um modelo desses da MV Agusta”.
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MV Agusta Lucky Strike chegarão ao mercado?
A MV anunciou que, desde 31 de janeiro de 2023, finalmente conseguiu saldar suas dívidas. Um processo que começou em 2017, quando o Black Ocean Group comprou uma participação de 49% da empresa.
Atualmente, Timur Sardarov do Ocean Group, o CEO da MV Agusta, recorda que isso significa que as motocicletas da marca devem estar prontamente disponíveis nas concessionárias em todo o mundo.
Vale dizer que antes disso, a escassez de peças – em função da pandemia – já havia afetado a chegada das novidades 9.5 e 5.5. No entanto, agora com o mercado de volta a todo vapor e com o aporte da KTM ainda não é possível cravar quando ambas as Lucky Explorer estarão na linha de produção!