A potência das motos utilizadas em eventos do rali – em especial no Dakar – será reduzida em breve. A informação foi divulgada em reunião da Federação Internacional de Motociclismo (FIM), nesta semana. A iniciativa foi um dos principais tópicos de uma lista de objetivos para diminuir o número de acidentes e aumentar a segurança nas provas.
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Durante o encontro, na cidade portuguesa de Lisboa, fatores como fadiga, desidratação, velocidade e erro de navegação foram apontados como potenciais geradores de risco. Para evitar novas mortes, como a do piloto português Paulo Gonçalves, que ocorreu durante o Dakar 2020, uma lista de ações foi acertada com a presença da entidade organizadora do rali, promotores, gerentes de equipes e pilotos como Sam Sunderland e Adrien Van Beveren.
Dakar – mudanças nas trilhas
Entre as principais iniciativas estão a redução da velocidade e potência, adotando especificações do mundial Supersport 300:
- Redução de velocidade: Maior variação dos estilos de curso, a fim de obter velocidades médias mais baixas.
- Restritor de entrada de ar: A instalação dos restritores de entrada de ar, conforme a FIM 300 WSBK – para reduzir a potência do motor e também a velocidade. Um período de teste será aplicado até junho.
- Curso: No futuro, todos os cursos nos eventos do campeonato da FIM serão projetados com a colaboração de um ex-motociclista.
- Road Book: Uma equipe de ‘inspeção de percurso’ será nomeada – para desenvolver o Road Book para todas as etapas, para que todos os pilotos/equipes tenham o mesmo nível de informação e uma interpretação mais real do nível de dificuldade da trilha.
- Navegação: Uma nova torre de instrumentação está sendo desenvolvida, com mais sinais visuais e de áudio e mais compacta, menos invasiva, também para evitar acidentes.
- Equipamento de proteção do piloto: Adoção de airbags o mais rápido possível. Reunião planejada com fabricantes com 2020 a fim de iniciar o desenvolvimento visando, em 2021, a adoção da tecnologia..