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Foram 6.988.955 unidades da Honda CG 125 produzidas em 42 anos. Nem todas foram vendidas porque ainda resta o estoque que está na rede de concessionárias da marca espalhada por todo o Brasil. Mas a moto que se confunde com a historia da indústria de motocicletas no Brasil na prática continua sendo fabricada, só que com motor maior, o de 160 cm³. Na verdade nada muda porque o consumidor segue tendo a Honda CG para comprar, só que agora sem a opção da versão equipada com motor de 125 cm³, a original, que inaugurou a produção de motos pela Honda no Brasil, em 1976.

Fora do gráfico, entre 1976 e 1985, foram vendidas 485.062 CG 125

Fora do gráfico, entre 1976 e 1985, foram vendidas 485.062 CG 125

Ícone da indústria de motos no Brasil, a CG 125 carrega histórias por todo o País e faz parte da vida de milhões de brasileiros. Vários motivos influenciaram os executivos da empresa pelo fim da CG 125, mas é evidente que a queda vertiginosa nas vendas (para os padrões da Honda CG) decidiu. As razões para a queda nas vendas da CG 125 são bem lógicas:

  • 3,1 cv a menos no motor em relação à irmã equipada com motor de 160 cm³ (11,8 cv x 14,9 cv);
  • Apenas R$1.229,00 a mais custa a mesma versão básica da CG 160;
  • Preço do seguro e da manutenção iguais;
  • O crédito restrito seletivo fez com que o consumidor optasse pelo modelo maior.

    Modelo 2014 da CG 125, a última a receber grande modificação técnica e estética, com novo chassi e um novo desenho geral para os conjuntos ópticos dianteiro e traseiro, além de outras muitas pequenas mudanças

    Modelo 2014 da CG 125, a última a receber grande modificação técnica e estética, com novo chassi e um novo desenho geral para os conjuntos ópticos dianteiro e traseiro, além de outras muitas pequenas mudanças

Do ponto de vista da fábrica, a concorrência autofágica com a própria motoneta Biz 125i e até com scooters da marca, além de custo praticamente igual e lucratividade menor precipitaram a decisão de matar a CG 125, ainda símbolo de simplicidade, resistência, economia e pouca manutenção. Durante toda a sua história a moto sempre ocupou lugar de destaque no ranking de vendas. Quando não foi a mais vendida, esteve na segunda ou terceira posição. No entanto, a partir de 2015 as vendas foram diminuindo até chegar ao volume de 26.462 unidade em 2018.

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Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.