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Foto: Uma das minhas paixäes, a Bandit 1200

Foto: Uma das minhas paixäes, a Bandit 1200

Sei que muita gente vai reclamar, mas ‚ preciso fazer uma distin‡Æo: sou motociclista, nÆo motoqueiro.

Da¡ vem …quela senhora e diz: ah, mas ‚ uma forma mais pratica de falar! NÆo aceito! Assim como nÆo gosto quando chamam jornal interno de empresas de “jornalzinho”. Ora, nÆo existe “jornalistinha”, ” fotografozinho”, etc. E tamb‚m nÆo concordo com “os meninos da inform tica”, etc. Vamos usar os nomes corretos, ok?

Motociclista, segundo o Dicion rio Houaiss, ‚: que ou aquele que dirige motocicleta, que ou aquele que pratica motociclismo como esporte, portanto, nÆo existe motoqueiro.

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Em fun‡Æo das dificuldades e do desemprego no Brasil, abriu-se um novo nicho no
mercado de trabalho, os do moto-frete ou motoboys. Acontece que aqui h  um abismo na visÆo e na condu‡Æo da moto.

Os “cachorros loucos”, como se autodenominam, nÆo respeitam a moto em si, nÆo
obedecem regras de pilotagem, o negocio ‚ ser r pido, fazer mais fretes e ganhar mais. Essa visÆo (ou a falta dela) produz na Cidade de SÆo Paulo, uma media de 5 acidentes com vitimas por dia, resultando em duas mortes.

Ah, entÆo a moto ‚ perigosa!

Ter uma moto, na acep‡Æo da palavra, ‚ algo bem diferente. Pode soar babaca, f£til, et‚reo, mas pergunte a quem realmente tem e ama sua moto.  o respeito pela moto, pela pilotagem com prazer, respeito ao C¢digo de Transito Brasileiro (se bem que …s vezes tem uma pequena contraven‡Æo, uma cal‡adinha aqui, outra ali, etc), mas o objetivo ‚: cuidar bem dela, sair para passear, relaxar e, o mais importante, voltar para casa com seguran‡a.

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Devemos lembrar que uma moto nÆo aceita desaforos, joga mesmo o cara no chÆo. Isso obriga todos a uma pilotagem defensiva, com calma, deve-se buscar conhecer as “manhas” da moto, pois o prazer que ela nos d  ‚ inenarr vel, como diria certa personalidade.

Sei que muitos motoboys adoram motos, mas nÆo tem a oportunidade social para ter duas: uma para trabalhar e outra para passear. Alguns cuidam bem da moto, lavam e lubrificam , dirigem cuidadosamente, enfim, sÆo motociclistas. Mas ‚ uma minoria. A grande maioria ‚ doida mesmo! SÆo os motoqueiros!

Desconhe‡o se h  uma pesquisa profunda, com credibilidade, analisando em detalhes o setor motociclistico, principalmente o de moto-fretes. O que vemos ‚ uma bagun‡a generalizada de empresas nÆo-cadastradas, condutores sem habilita‡Æo (ou vencidas), nÆo h  uma escola para orient -los, e o pior: as moto-escolas sÆo verdadeiros “museus” (com respeito aos museus de verdade!). EstÆo totalmente fora da realidade!

Al‚m disso, a vistoria dos ¢rgÆos oficiais praticamente inexiste, fiscaliza‡Æo nem pensar! E a rec‚m-criada Rocam, soldados da Policia Militar com motos, tamb‚m nÆo serve de exemplo para dire‡Æo defensiva, pois nÆo obedecem as regras de transito.

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Assim, tenho certeza que muitos como eu, pensam da mesma forma e nÆo gostam de serem chamados de motoqueiros. Meu prazer em andar de moto ‚ enorme, cheguei at‚ esta idade porque sempre respeitei as motos, dirigi defensivamente, tenho uma “quilometragem” incr¡vel em cima de motos, sempre andei com a documenta‡Æo em dia, mas acima de tudo, o segundo grande prazer (ligado …s motos) foi chegar em casa com seguran‡a.