Mais uma vez Rafael Paschoalin entra para a história de Pikes Peak, a famosa e desafiadora corrida de subida de montanha, disputada no Colorado, Estados Unidos. Desta vez, Rafael pilotou uma Yamaha MT-09 e conquistou o terceiro lugar na categoria Middleweight.
Ele percorrer os 20 km de subida até o topo de Pikes Peak em apenas 10min 04s – a dois segundos de segundo colocado, Davey Durelle, o maior vencedor da competição de todos os tempos. Esta é a terceira vez que o piloto da Yamaha disputa essa prova.
No ano passado, ao guidão de uma Yamaha MT-07, Paschoalin conseguiu um histórico segundo lugar na categoria middleweight, até então, disputada por motos com capacidade cúbica entre 501 e 750cc. Neste ano, uma repentina mudança no regulamento, que ampliou a capacidade cúbica da categoria middleweight para 850cc, fez com que a vantagem conquistada em termos de desenvolvimento de sua MT-07 fosse perdida, voltando à estaca zero todo o trabalho necessário para tornar sua nova moto, a Yamaha MT-09, em uma máquina ainda mais competitiva.
Segundo Rafael, a Yamaha MT-09 tem grande potencial para vencer em Pikes Peak. Embora tenha tido pouco tempo para desenvolver sua moto, o piloto da Yamaha Racing afirma que o enorme torque de seu motor, a agilidade do modelo e os bons freios são seus grandes trunfos. “Cabeça erguida pelo empenho de todas as pessoas que estiveram ligadas a esse projeto. Não fiquei feliz com o resultado, mas entendi que depois de tantos problemas, só o fato de participar da prova já foi válido”, declarou Paschoalin ao final da competição.
Pikes Peak, uma corrida para poucos
Peculiar, famosa e para poucos, a PPIHC (Pikes Peak International Hill Climb) é uma corrida centenária que elege – entre diversas categorias de motocicletas e carros – o piloto mais rápido a subir uma sinuosa estrada com 20 km de percurso e nada menos que 156 curvas dos mais variados raios. Em alguns pontos, é preciso reduzir da quinta para a primeira marcha!
A largada acontece a cerca de 2300 m de altitude e a chegada a mais de 4300m. Na prática, isso afeta diretamente na performance das motos e seus pilotos, já que em função do ar rarefeito, as motocicletas perdem desempenho e os pilotos sofrem pelo cansaço. Mas os desafios não param por aí.
Da largada à chegada em Pikes Peak, a queda de temperatura pode superar os 20 graus, muitas vezes gerando o eminente risco do asfalto congelar nas curvas finais do percurso e consequentemente comprometendo a aderência dos pneus. Levando em conta que a maior parte das curvas são à beira de precipícios, sem qualquer tipo de proteção ou contenção, além da perícia e habilidade, Pikes Peak é uma corrida para poucos… e corajosos pilotos!