O mercado de motos segue acelerando no Brasil. Felizmente, entidades como a Abraciclo mensalmente atualizam para cima suas expectativas para o setor em 2023. Segundo as estimativas atuais, devemos concluir o ano com mais de 1,56 milhão de novas motocicletas nas ruas.
Até aqui, já foram produzidas mais de 764 mil unidades, número que remete ao calendário de 2014. Mas como era a realidade do segmento há nove anos? Faça uma breve viagem ao passado recente.
Mais de 1,56 milhão de motos devem ser vendidas no Brasil em 2023. Números tão altos não erma vistos desde 2014…
Como era o mercado de motos do Brasil em 2014
No esporte, 2014 foi marcado Copa do Mundo de Futebol no Brasil (aquela dos 7 a 1 para a Alemanha). Na cultura, nos despedimos de gênios como Ariano Suassuna, Jair Rodrigues, Robin Williams e Roberto Gómez Bolaños. No mercado de motos, segundo a Fenabrave, tivemos 1.429.908 emplacamentos.
Naturalmente, o número de motos produzidas foi superior ao de 1,4 milhão de unidades comercializadas. Conforme a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), 1.517.662 motocicletas ganharam vida nas fábricas instaladas no país.
Se em 2023 o principal lançamento da Yamaha é a pequena esportiva R15…
Apesar da grandiosidade dos números que hoje são referência positiva, esses dados representavam quedas na época. O segmento viveu um longo declínio de 2011 a 2017, quando o total de novas motos vendidas no Brasil despencou de 1,94 milhão para 851 mil. E 2014 estava bem no meio deste fenômeno, marcando 5,6% de queda em relação ao total de unidades comercializadas em 2015.
… em 2014 ela apresentou modelos como a YS Fazer 150 e Crosser
Veja também:
- Honda está vendendo 4,3 motos por dia em 2023
- Motos mais caras? Compare preços atuais com pré-pandemia
Nas lojas tinha XT 660R, novas 500 e fim da CBR 600RR
Foi um ano movimentado para o segmento. Apesar da crise, as fabricantes fizeram lançamentos relevantes e traçaram estratégias agressivas por aqui. Entre elas, a Honda, que desenhou uma série de lançamentos.
Raríssima nas ruas, a curiosa Honda CTX 700 foi fabricada apenas em 2014
Em breve a marca lançaria motos como CG 160, Bros 160, CB 250F Twister e CBR 650F, além de aposentar a CG 150, Falcon e outros modelos. Especificamente em 2014, ela apresentou motos como a XRE 300 Rally e a CG 150 que emprestaria seu visual à primeira geração da CG 160. Também, retirou de linha Transalp 700, Shadow 750 e CBR 600RR. Ainda, foi o único ano de produção da curiosa CTX 700.
O ano foi uma ‘virada de chave’ da Honda, que aposentou vários modelos enquanto preparava produtos inéditos. Fim da linha para a trail Transalp 700, a custom Shadow, a esportiva CBR 600RR e vários outros produtos
Aliás, o catálogo da Honda era curioso naquele ano. As lojas tinham, ao mesmo tempo, diversas opções da Biz (entre versões de 125 e 100 cc) e ao menos 9 variações da CG, entre 125 cc e 150 cc. Para deixar os vendedores ainda mais malucos, havia 4 opções de Bros à disposição. O lineup gigante seguia nas esportivas, com as CBR 500R, 600F e 600RR e 1000RR Fireblade à venda. Ainda, tinha as novas CB 500F e CB 500X. Ao todo, entre modelos e versões, havia quase 40 produtos no showroom.
A CG 150 ganhou novo visual (e até edição Copa do Mundo) em 2014 e em breve o emprestaria à CG 160. Aliás, era uma época de transição em que havia ao menos 9 variações da CG nas lojas, mais 4 da Biz e outras 4 da Bros. Uma loucura
Já nas lojas da Yamaha, estavam modelos hoje saudosistas como Crypton 115, Midnight Star 950, XJ 6, R1, V-Max 1700, XT 660R e XT 1200 Super Tenere. Também lançamentos, como a TMax 530, Crosser e Fazer 150. Entre os destaques de outras marcas, a BMW lançou a S 1000 R, a Ducati trouxe a Monster 1200 e a Kawasaki iniciou as vendas da Z1000.
O lineup da Yamaha em 2014 levaria qualquer fã da marca ao êxtase atualmente. Ao mesmo tempo, estavam expostas Midnight Star, XJ 6, R1, V-Max, XT 660 e Super Tenere, além da novíssima TMax
.jpg)
