Seguimos em ritmo de Copa do Mundo. Se há pouco falamos de quem seria a nossa representante numa competição mundial de motos, hoje vamos apresentar motocicletas que deixaram o nosso mercado cedo demais. Veja modelos que tomaram um cartão vermelho, saindo de linha muito antes do fim do jogo.
1 – Cartão Vermelho! Yamaha TMax
Se as pequenas scooters caíram no gosto do brasileiro, o mesmo não pode ser dito sobre as grandes topo de linha. E, embora suas fichas técnicas encantem o consumidor local, os preços elevados comprometem o sucesso por aqui.
Um dos exemplos é a Yamaha TMax. Se recentemente o lançamento da Honda Forza 350 por R$ 47 mil causou alvoroço, imagine quando a ‘T’ chegou custando a “bagatela” de R$ 42.500… Há quase 10 anos atrás! Na época, custava quase 60 salários mínimos.
Tudo bem que era uma referência em conforto e desempenho, com seu motor de dois cilindros em linha e 530cc. Porém, tomou cartão vermelho pelo próprio público, indisposto a pagar tanto por uma scooter. Em seus 4 anos no mercado nacional vendeu menos de 400 unidades – uma raridade!
2 – Kawasaki D-Tracker
Atualmente o mercado de modelos ao estilo ‘supermoto’ foi praticamente extinto do Brasil. Poucos ainda lembram desse nicho, assim como apenas alguns se lembram da Kawasaki D-Tracker X.
Como de praxe nas Super, ela tinha rodas raiadas de 17 polegadas. Além disso, tinha coisas legais como suspensão dianteira invertida, grande disco de freio de 300 mm e 22 cv graças aos motor de 249 cm³. Bela moto.
Porém, não foi o suficiente para a moto cair no gosto do mercado, que não entendeu a trail com pegada urbana. Resultado: Cartão Vermelho. A D-Tracker ficou por aqui apenas dois anos e emplacou míseras 377 unidades. Raridade para os fiéis fãs de Motard.
3 – Suzuki TL 1000S, motos que tomaram cartão vermelho
Imagine uma sport touring com visual agressivo, ao estilo Ducati, e tecnologia de ponta. Sucesso não é? Errado! A Suzuki TL 1000S pode dizer isso. O modelo tinha muitos atributos interessantes, incluindo o poderoso motor de 2 cilindros em V capaz de levar a moto (de apenas 180 kg) até os 250 km/h de velocidade final.
No entanto, não foi o suficiente e a moto não emplacou – literalmente! Mesmo ficando 6 anos em produção, vendeu pouquíssimas unidades – para se ter uma ideia, no ano de despedida foram só 6 emplacamentos. Saiu do mercado em 2002, custando cerca de R$ 33 mil (praticamente o preço de uma CBR 600F, também 0km).
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4 – Honda Super Hawk
Se a Suzuki TL 1000S não teve sucesso, com certeza a sua rival da Honda teve, certo? Errado! Cartão Vermelho! A Super Hawk – Firestorm – era tão fascinante quanto a concorrente, motor de dois cilindros em V e 110 cv – mas não rolou…
A moto Honda apostava até em outras inovações, como garfo e amortecedor HMAS (Honda Multi-Action System). A motocicleta também deu início a novos conceitos – com motor junto do braço oscilante parafusado diretamente. Tamanha a novidade durou apenas UM ano aqui no país.
5 – Honda Magna 750, motos que tomaram cartão vermelho
Se a sport touring Honda não teve sucesso aqui, o mesmo não pode ser dito da custom Shadow. O modelo chegou até esbanjar versões distintas, com 650 e 750cc. Porém, quando chegou a vez da Magna 750…
O modelo era movido por um quatro cilindros em V – herdado da esportiva VFR 750. Eram quase 90 cv e 7 kgf.m de torque, mas não foi o suficiente para ganhar espaço frente a outros modelos já consagrados. Cartão Vermelho! Saiu do mercado após apenas cinco anos no Brasil.