Se você está na dúvida entre escolher uma CG 160 ou Fazer FZ 15, saiba que não está sozinho. Afinal, estamos falando de duas importantes representantes do segmento street, responsável por cerca de 50% de todos os emplacamentos de motos no Brasil. Mas e aí, Honda ou Yamaha, qual a melhor?
Qual escolher CG ou Fazer
Para este comparativo objetivo e claro, escolhemos as versões topo de linha de cada modelo. Assim, de um lado temos a CG 160 Titan, a mais refinada das CG’s. Do outro, apresentamos a Fazer FZ 15. Vale lembrar que a Yamaha possui uma extensa família no segmento, incluindo nomes como Factor 125i, Factor 150 e YS Fazer 150.
Eis que você tem R$ 20 mil para comprar uma moto street, mas também uma dúvida: como escolher entre CG 160 Titan e Fazer FZ15?
A resposta de qual a melhor irá variar conforme as preferências de cada motociclista. A melhor é a mais potente ou a mais durável? A com menor custo de peças ou a com mais tecnologia? Veja como as duas se saem em diferentes quesitos, note quais têm mais peso para você e saiba como escolher entre CG ou Fazer.
Prefira uma CG 160 se você…
1. Busca o máximo de potência
Com seu motor de 162 cc, a Titan entrega 15,1 cv de potência e 1,54 kgf.m de torque máximos, a 8.000 e 7.000 rpm. Já a FZ 15 extrai ‘apenas’ 12,4 cv e 1,30 kgf.m de seu propulsor de 124 cc. É uma margem pequena, de apenas 2,7 cv e 0,24 kgf.m de torque, mas que produz uma diferença prática relevante na hora de pegar a estrada, levar carga extra ou mesmo em acelerações urbanas. Ah, estes dados são com etanol. Na gasolina, os números de ambas caem. A CG entrega 14,9 cv e 1,40 kgf.m, ante 12,2 cv e 1,30 kgf.m da Fazer.
Pode parecer pouco, mas os 2,7 cv a mais da Titan fazem diferença na hora de pegar a estrada, encarar aclives ou carregar peso extra
2. Procura sempre as peças mais baratas
A CG 160 é, de muito longe, a moto mais vendida do Brasil. Por isso, é a com maior disponibilidade de peças, seja nas mais de 1.100 concessionárias da Honda espalhadas por todo o Brasil ou no mercado ‘paralelo’. E é aí que ela acaba criando um diferencial.
Com 15 milhões de unidades produzidas, a CG tem um imenso mercado de peças de reposição. Inclusive de componentes muito mais baratos (e, geralmente menos confiáveis) que os originais
Diante da imensa procura, o mercado cria uma oferta generosa de peças, onde são comercializados desde componentes originais, de ‘primeira linha’, até seus mais simplórios substitutos. Assim, não é encontrar um par de espelhos por menos de R$ 30 ou um bloco de farol por cerca de R$ 50 – valores absolutamente inimagináveis para qualquer peça original de fábrica. Porém, para quem está com a grana curta, podem acabar sendo um atrativo interessante.
3. Prioriza a revenda
Há quem compre uma moto para a vida toda. Outros, adquirem a sonhada 0km planejando ficar anos ao seu lado. Mas há quem já compre pensando em quando irá vendê-la. E, neste caso, a CG costuma ser o melhor negócio.
Multicampeã do Prêmio Maior Valor de Revenda, a CG 160 costuma ser a queridinha de quem compra uma 0km já pensando em como será vendê-la dali alguns meses
Como dito anteriormente, é a moto mais vendida do Brasil, o que gera um gigantesco movimento de oferta e procura. Além disso, a família CG já faturou diversas vezes o Prêmio Maior Valor de Revenda, da Autoinforme, dada a sua baixa desvalorização com o passar dos anos. O certificado mais recente veio em 2023, inclusive, na categoria Street.
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Vá de Fazer FZ 15 se você…
1. Quer a moto melhor equipada
No quesito itens de série, a ‘balança CG ou Fazer’ pende para a Yamaha. Afinal, a FZ15 conta com farol em LED (com projeto e DLR, inclusive), lanterna em LED, painel completo, freio ABS na dianteira e chave em posição central. Nada disso está presente na CG. Aliás, a Titan sequer tem indicador de marchas no painel.
FZ15 é a mais equipada das Fazer 150. Tem farol e lanterna em LED, freio ABS, banco em dois níveis, chave em posição central e mais itens de série
2. Prefere um projeto mais moderno
Apesar de evoluir durante quase 50 anos, a Honda CG manteve sua receita ao longo das décadas. Assim, ainda conserva algumas sombras do passado no quesito construção, como o arcaico freio a tambor na traseira, os velhos amortecedores duplos atrás e a conhecida receita com rodas de 18″, praticamente extinta em outros segmentos.
O projeto da FZ é muito mais recente, o que fica claro na ciclística. Ao andar, lembra uma Fazer FZ25 – exceto na potência, claro
Já a Fazer FZ15 tem um projeto muito mais recente. Foi lançada no exterior em 2019 e, com atualizações, chegou ao Brasil em 2022. Tem rodas de 17″ calçadas por pneus Diablo Rosso, freio ABS na dianteira (e disco atrás), suspensão traseira monoamortecida e garfo dianteiro com tubos grossos, de 41 mm. No quesito ciclística, ela está muito mais perto da Fazer 250 (FZ25) que da concorrente direta Titan.
3. Privilegia a relação custo benefício
Independente se a dúvida for entre CG e Fazer ou as motos mais caras do mercado, o custo benefício sempre será um quesito importante. E, aqui, a FZ 15 tem mais uma vantagem sobre a rival.
Afinal, como visto acima, a Yamaha oferece uma lista de itens de série muito maior, bem como um nível de construção superior. E custa ‘apenas’ R$ 195 a mais que a CG. Segundo a Fipe, a FZ15 é negociada a aproximadamente R$ 20.405, enquanto o valor médio de mercado da Titan é de R$ 20.210.
A FZ 15 tem nível de construção superior e mais generosidade nos itens de série. E, nas lojas, custa praticamente o mesmo que uma Titan 160
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