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Já falamos sobre a precursora das CG 125 e apresentamos sua substituta, a ‘CG Quadrada‘. Seguindo a ordem cronológica hoje é a vez de relembrarmos a história da terceira geração do modelo, a CG Today.

CG Today mantinha linhas retas mas trazia novo visual aos modelos de baixa cilindrada da Honda

CG Today

A Honda CG 125 Today foi lançada no mercado nacional em 1989, com uma série de pequenas evoluções em relação à sua antecessora. O design manteve as linhas retas, mas recebeu novos componentes, inclusive uma bem-vinda rabeta redesenhada, acompanhada por uma elegante alça traseira.

Sua antecessora, a ‘CG Quadrada’, ainda tinha paralama dianteiro cromado e farol redondo quando lançada

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Para completar o conjunto, o modelo recebeu um novo assento. Os para-lamas dianteiro e traseiro também foram redesenhados, assim como o painel de instrumentos que, porém, permanecia sem conta-giros. O grafismo destacava o motor 4tempos, ou 4Stroke, para distanciá-las das concorrentes mais barulhentas e poluentes, porém mais potentes, da Yamaha.

O surgimento da Cargo

Atenta ao mercado, a Honda notou que muitos motociclistas colocavam suas CG no trabalho, fazendo entregas ou levando volumes. Foi já em 89 que a CG ganhou sua primeira versão para uso comercial, a Cargo. A motocicleta destinada ao trabalho tinha assento individual e bagageiro cromado reforçado e extendido. No restante preservava as mesmas características da Today.

CG Cargo 1989 foi o primeiro modelo pensado ao uso comercial. Aliava nova traseira e bagageiro reforçado ao conjunto tradicional da CG

CG Today com mais potência 

Dois anos depois do lançamento a Today recebeu uma importante atualização. Em 1991, foram implementadas 69 alterações no motor e 74 no chassi, buscando melhorar o desempenho e a resistência do conjunto. As mudanças elevaram a potência de 11 para 12,5 cv a 9.000 rpm e o torque de 0,94 para 1,0 kgf.m a 7.500 rpm.

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As alterações demoraram para chegar, mas jamais serão esquecidas. Foi em 1991 que a CG recebeu seu primeiro CDI

Além disso, o antigo platinado deu lugar ao CDI (Capacitor Discharge Ignition), que foi uma verdadeira inovação para a moto e o início da hoje chamada “eletrônica embarcada”. Oferecendo maior conforto na rodagem, a 125 passava a atingir 115 km/h reais de velocidade máxima e a acelerar de 0 a 100 km/h em 17 segundos.

O modelo recebeu, ainda, amortecedores traseiros reguláveis. A balança traseira era 3,5 cm mais comprida e o quadro foi reforçado. Assim, os níveis de ruído e vibração foram reduzidos.

Pontos positivos 

A CG Today manteve a plataforma da antecessora e, assim, conseguiu dar sequência à sua história de robustez e economia. Além, claro, da facilidade e baixo custo de manutenção. Seu principal ponto positivo em relação a CG Quadrada é o visual, mais moderno, e o nível de acabamento. Porém, não possui o status de ‘moto clássica nacional’ que paira sobre as duas primeiras gerações da CG.

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Today aliou a receita de economia e robustez da família CG a um visual moderno – para a época, claro

Pontos negativos

Apesar de chegar com visual renovado, a CG Today demorou para receber as importantes melhorias no conjunto mecânico – sobretudo o CDI. Assim, os primeiros modelos já saíram da fábrica datados.

CG Today ainda vale a pena?

Mais potente e com design repaginado, a CG Today fecha a era dos modelos street da Honda nascidos ainda nos anos 80. Além de ser até hoje uma moto confiável e de excelente custo benefício, a 125 segue sendo uma boa opção para roda no dia a dia ou em passeios de final de semana.

CG Today ainda pode ser uma boa opção para deslocamentos urbanos. Como ainda não caiu no gosto de colecionadores, preços praticados pelo mercado não costumam ser impraticáveis

Como ainda não é considerada uma moto clássica, permanecendo longe da mira de colecionadores e restauradores, a Today não costuma ter preços elevados. Segundo a FIPE, a média dos valores praticados pelo mercado varia dos R$ 1.674 de uma 1990 aos R$ 2.712 de um exemplar 1994. Vale lembrar que são motos com cerca de 30 anos de uso e, por algo neste preço, você não pode reclamar de eventuais ‘detalhes para fazer’ ou riscos na pintura, né?

Para saber mais, ver a ficha técnica ou opinar sobre a Honda CG 125, acesse o Guia de Motos!

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza