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O jovem piloto Diogo Moreira fez história na categoria de entrada da MotoGP. No último domingo (26), ele conquistou o terceiro lugar na Moto3, depois de largar de 16º. Foi a primeira vez que um atleta brasileiro faturou um pódio na classe 250 cc do Campeonato Mundial de Motovelocidade.

Diogo Moreira fazendo história na MotoGP

O brasileiro largou na distante 16ª colocação no GP de Portugal, em Portimão. Mas Diogo escalou o pelotão e chegou em terceiro lugar, atrás apenas de Daniel Holgado e David Muñoz.

Piloto brasileiro (na direita) comemora o terceiro lugar

Não foi uma vitória ainda, mas foi o suficiente para quebrar um jejum de 15 anos sem um brasileiro subir no pódio – isso considerando todas as categorias, MotoGP, Moto2 e Moto3. Também foi o primeiro pódio da história da equipe em que ele corre, a MSi KTM.

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O jovem de apenas 18 anos entrou para o time espanhol estreante em 2022. A equipe disputa o campeonato que é o primeiro passo para o acesso a classe principal – a MotoGP – com o apoio da marca austríaca KTM. Já em seu ano de estreia, Moreira conquistou o troféu Rookie of the Year, destinado ao piloto revelação da temporada.

O recente resultado foi comemorado com entusiasmo, depois da temporada desafiadora de estreia no ano passado. Mas não para por aí, a Moto3 retorna nos dias 31 de março a 2 de abril com o GP da Argentina, em Termas de Río Hondo.

Diogo volta a correr em breve, na Argentina

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O herdeiro de Celso e Barros?

Até o feito de Diogo, Alex Barros e Adu Celso eram os únicos brasileiros que haviam subido ao pódio do Mundial de motos pilotando modelos à combustão – com elétricas, há o vitorioso Eric Granado. A lendária dupla gravou seu nome na história, respectivamente nas classes das 500cc e 250cc-350cc. Lembrando que o jejum de pódios do Brasil nas classes do MotoGP durava desde 2007, quando Barros terminou em 3º no GP de Mugello.

Coincidentemente, Diogo teve sua primeira grande oportunidade quando, ainda aos 10 anos de idade, foi convidado para então andar no asfalto junto do time de Barros. O acordo com o piloto experiente rendeu mais tarde a Diogo um intercâmbio com a Monlau – a escola-técnica que formou pilotos como os irmãos Álex e Marc Márquez.

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]