A moto elétrica é cada vez mais popular nas ruas do país, especialmente em pequenos scooter e ciclomotores. Se todos sabem das suas vantagens, como a economia com combustível, nem todos estão por dentro do que é preciso para rodar com uma por aí.
Como já dissemos, elas passam pelo mesmo processo que as a combustão para poder trafegar em ruas e avenidas. Ou seja, precisam de licenciamento e emplacamento, além de um condutor com CNH A e capacete. Mas como emplacar uma moto elétrica?
Diferenças: moto elétrica, ciclomotor e bike elétrica
No mercado de motos elétricas existem modelos de todos os tamanhos, preços e para todos os gostos. Existem também modelos maiores, como a Voltz EVS, um produto no mesmo nicho de uma street popular como a famosa Honda CG.
Também existem modelos ciclomotores, que são todo veículo de 2 ou 3 rodas, provido de motor cuja cilindrada não exceda a 50 cm³ – as populares ‘cinquentinha’. Quando elétricas tem potência máxima de 4 kW (quilowatts), cuja velocidade máxima não exceda os 50 km/h.
Similares aos ciclomotores, há as bikes elétricas. Mas atenção aos detalhes: são modelos com potência de até 350 watts; velocidade máxima de 25 km/h e, mais importante, com funcionamento do motor apenas com auxílio dos pedais do condutor. Ou seja, não possuem acelerador no guidão!
Comprou bike ou ciclomotor?
As classificações acima (da Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) nº 842) podem deixar algumas dúvidas. Existem modelos que parecem ficar em um meio termo entre os tipos de veiculo. Um dos exemplos mais populares pode ser a recém relançada Mobylette elétrica.
Um modelo que se apresenta como uma bike elétrica, no entanto, tem acelerador. Isso muda as coisas, e segundo a resolução 947/22 (Contran) a coloca como um cicloelétrico. Como ela, existem uma série de modelos à venda no mercado, grande parte importado da China… Fique atento na hora da compra, pois, na prática, você levou para casa um ciclomotor!
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Tenho que emplacar a moto elétrica? Como faz?
O Contran exige que todos os cicloelétricos/ciclomotores sejam emplacados! Sim, segundo a lei pilotar um modelo destes sem emplacamento (após o prazo de 15 dias da emissão da nota fiscal de compra) está em irregularidade.
Por isso, deve ser feito o emplacamento do veículo junto ao Detran da sua cidade e estado. Para isso, você vai precisar apresentar os respectivos números de chassi e notas junto ao órgão de trânsito. Fique atento a este detalhe no momento da compra. Ficou em dúvida? Verifique o trâmite junto ao Detran local.
Por que isso é importante? O processo pode ser complicado, pois precisa que o ciclomotor tenha números de série junto ao Detran. Sua moto/ciclo vai passar também por uma vistoria, para conferir itens como pisca e farol etc… É preciso também estar atento às taxas para o emplacamento, que variam de estado para estado.
Moto elétrica sem placa leva multa?
Talvez a moto que você comprou não tenha números de série junto ao Detran ou não se encaixe em outras regras, como a presença de números no chassi. Neste caso, não poderá ser regularizada. Quem sabe, ainda, você simplesmente opte por não fazer o emplacamento…
Neste caso, é válido lembrar que a multa por andar de moto elétrica sem placa é de 7 pontos na CNH (infração gravíssima) e ser multado em R$ 293,47. Mas piora, porque o veículo é confiscado e só sai do pátio do Detran apos estar regularizado – e emplacado, claro.
Então eu posso perder minha moto? A forma como a fiscalização é realizada pode variar Brasil a fora. No entanto, em locais mais rígidos às normas, não é surpresa notar que as pequenas já se acumulam no pátio dos órgãos de segurança. Isso porque, para recuperar o modelo recolhido é preciso legalizá-lo e pagar as referidas multas.
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