Há exatos 10 anos a Kawasaki trazia ao Brasil sua esportiva de entrada, a Ninja 250R, que possibilitou que novos motociclistas conhecessem o universo Ninja e pudessem se divertir no comando de uma pequena esportiva. Depois, o modelo ‘cresceu’ para a Ninja 300 e hoje a linhagem escreve um novo episódio, com a chegada da Ninja 400 – que promete ser novo divisor de águas para a marca. A Kawasaki Ninja 400 chega às lojas brasileiras no próximo mês, a partir da segunda semana de setembro. O preço? Competitivos R$ 23.990,00 (preço sugerido, sem despesas com frete e seguro, claro).
A Ninja 400 foi uma das sensações da Kawa no Salão Duas Rodas 2017 (ao lado de modelos como a clássica Z900 RS e a Versys-X 300) e é vendida em outros mercados desde o início de 2018. Segundo a Kawasaki, a motocicleta tem novo chassi, recebeu um motor concebido especialmente pra ela e inspirou-se na poderosa Ninja H2 em diversos aspectos – ou seja, está longe de ser uma Ninja 300 com acréscimo de cilindrada. No Brasil, a Ninja 400 estará disponível nas cores Lime Green, Metallic Spark Black e Lime Green – KRT Replica (esta, por R$ 24.990).
Ninja 400 – novo motor, mais leve e 48 cv
Como já acontecia na Ninja 250R e na Ninja 300, o novo modelo segue apostando no motor DOHC (duas válvulas no cabeçote), bicilídrico (com os pistões em linha), mas, agora, são 399 cm³. O propulsor foi projetado para ser compacto como um de 250 cm³ e leve, assim, sofreu realocação de componentes e ganhou árvore do comando de válvulas forjada – dentre várias outros aperfeiçoamentos. O resultado veio em números: a Ninja 400 produz 48 cv a 10.000 rpm, ou seja, 9 cv a mais que a Ninja 300 e 7 cv acima da Yamaha R3, principal concorrente. Contudo, o maior ganho não está na potência, e sim no torque (tradicionalmente um ponto fraco nas pequenas Ninja’s): saltou dos 2,8 kgf.m da 300 para 3,9 kgf.m na Ninja 400 – ante os 3,02 kgf.m da Yamaha.
O acréscimo de potência vem acompanhado de redução de peso e aperfeiçoamento em ciclística. A nova Ninja marca 164 kg a seco na balança (8 kg mais leve que a antecessora) e tem um entreeixos menor (de 1.405 mm para 1.370 mm), garantindo mais agilidade ao modelo. O novo chassi é inspirado na Ninja H2, possibilitando o novo posicionamento do braço oscilante (mais longo, agora fixado à parte traseira do motor) e seu desenvolvido foi crucial para minimizar o peso da motocicleta. A ciclística também buscou melhorar o conforto, por isso a posição das mãos foi elevada e a pedaleira está levemente à frente.
Tecnologia
Como herança da irmã de 300 cilindradas, a Ninja 400 também tem embreagem deslizante – que foi aperfeiçoada e agora oferece uma alavanca 20% mais leve, e freios ABS (assinados pela Nissin). O sistema passa a contar com os maiores discos de freio da categoria: na dianteira, são 310 mm (mesmo tamanho dos utilizados na Ninja ZX-14R) e disco semi-flutuante, e 220 mm na traseira.
O moderno painel de instrumentos possui um grande tacômetro ladeado por lâmpadas de advertência em um lado, e tela LCD multifuncional no outro, e integra velocímetro digital, indicador de marcha, hodômetros total e dois parciais, autonomia restante, consumos médio e instantâneo, temperatura externa, temperatura do líquido de arrefecimento, relógio e indicador de pilotagem econômica – ou seja, é o mesmo da Ninja 650, para reforçar o ‘aspecto premium’ da Ninja 400.
O design, destacado pela dianteira com faróis esguios e carenagem mais volumosa, deriva da H2 e da ZX-10R – de quem herda, por exemplo, o estilo da rabeta e lanterna traseira (em LED) e spoilers na parte inferior da carenagem dianteira.
Além disso, pensando em conveniência, o espaço de armazenamento sob o banco tem dois níveis e a moto recebeu pontos de fixação que facilitam a acomodação de bagagem, nos suportes de pedaleira traseiros e na parte de baixo da rabeta. Os recursos são úteis em viagens, situação que também é beneficiada pelos 5 ajustes de pré-carga da mola na suspensão traseira e pela já citada posição de pilotagem mais confortável.
Ficha técnica Kawasaki Ninja 400
MOTOR |
|
Tipo | DOHC, 8 válvulas, bicílindrico paralelo, arrefeicimento a líquido |
Cilindrada | 399 cc |
Diâmetro x curso | 70 x 51.8 mm |
Taxa de compressão | 11.5:1 |
Potência máxima | 48 cv a 10.000 rpm |
Torque máximo | 3.9 kgf.m a 8.000 rpm |
Sistema de alimentação | Injeção eletrônica de combustível: Ø 32 mm x 2 |
Sistema de lubrificação | Forçada, cárter húmido |
Transmissão | Seis velocidades |
Embreagem | Multidisco, húmida |
Sistema de partida | Elétrica |
Combustível | Gasolina |
CHASSI, FREIOS E SUSPENSÃO |
|
Tipo | Treliça, aço de alta resistência |
Suspensão dianteira | Garfo telescópico de 41 mm, com curso de 120 mm |
Suspensão traseira | Braço oscilante Uni-Trak, mono-amortecido a gás com ajuste de pré-carga, com curso de 130 mm |
Freio dianteiro | Disco em forma de pétala de 310mm. Pinça de duplo pistão, com actuação simultânea |
Freio traseiro | Disco de 220mm em forma de pétala. Pinça de 2 êmbolo |
Pneu dianteiro | 110/70R17 M/C 54H |
Pneu traseiro | 150/60R17 M/C 66H |
DIMENSÕES |
|
Comp x Larg x Alt | 1,990 x 710 x 1,120 mm |
Distância entre eixos | 1,370 mm |
Distância mínima do solo | 140 mm |
Altura do assento | 785 mm |
Capacidade do tanque | 14 litros |
Peso em ordem de marcha | 164 kg |