A MotoGP é a categoria principal do Campeonato Mundial de Motovelocidade, o topo das corridas de motociclismo. Então porque uma grande marca como a BMW Motorrad, uma das mais poderosas em desempenho e tecnologia, não está participando da competição? Vamos especular algumas prováveis respostas.
1 – BMW não iria apenas se “jogar” na MotoGP
A BMW é uma empresa que vence. Tem uma reputação grande e invejável, fato que torna seus objetivos igualmente difíceis. E como todo mundo sabe, entrar na MotoGP sem ser competitivo desde o início é sinônimo de derrota na pista.
Gigantes como a KTM encerram mais recentemente esse desafio e, hoje, colhem bons resultados. No entanto, marcas como a Kawasaki já amargaram temporadas frustradas, resultando em uma história que ninguém da marca quer lembrar. Ou seja, melhor não arriscar…
2 – Competir custa caro!
A BMW é uma gigante, mas só conseguiu ser uma das mais bem-sucedidas por ser prudente com o seu dinheiro. Entretanto, mesmo vencer na MotoGP não significa retorno do investimento financeiro.
Quem aí lembra da BMW na Fórmula 1? O sucesso do time não veio cedo, ou melhor, nunca chegou. Além disso, foi difícil equilibrar as elevadas contas… Resultado, a marca se retirou da categoria em 2009 para não mais voltar.
3 – Tem mais a perder do que a ganhar…
A aura de poder excepcional da marca alemã precisa ser protegida. Imagine o que uma possível moto de corrida ‘mediana’ não causaria? Certamente levantaria questões desde o conselho de administração da empresa até aos clientes.
Se você fosse comprar uma esportiva de luxo, qual compraria: um modelo que anda no meio do pelotão da MotoGP ou a última força gloriosa e dominante da categoria? Uma vez que a BMW está lá não existe essa hipotética comparação!
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4 – Já colocou um pé na água… e pulou fora
Apesar do cenário desafiador, é claro que a BMW já fez estudos para entrar na MotoGP. E até desenvolveu uma moto em parceria com a empresa suíça e super experiente no Mundial, Suter Racing Technology. O modelo surgiu em 2011, após o sucesso da SRT nas categorias de entrada. O objetivo era estrear na temporada 2012.
Porém, um dos pilotos dessa máquina foi Colin Edwards, que não economizou em críticas ao protótipo, especialmente à sua entrega de potência. Temendo um desempenho abaixo do esperado diante de um alto investimento, a BMW optou pela cautela e engavetou o projeto. Inclusive, a moto acabaria à venda num leilão anos mais tarde – mas com o motor original substituído pelo 4 cilindros da S 1000 RR.
5 – Simplesmente não quer ou precisa da MotoGP
Esta é provavelmente a chave e a única razão pela qual a BMW não entra na MotoGP. Não precisa! A marca é atualmente uma das mais prestigiadas, tem produtos de ponta e um bom fluxo lucrativo. Por que iria arriscar tudo isso?