A Bandit é uma das mais icônicas séries de motos já produzidas pela Suzuki. Assim, suas naked de 250 a 1250 cilindradas fizeram sucesso em todo o mundo, inclusive no Brasil, especialmente nas versões 600/650 e 1200/1250.
São motos puristas, com motores volumosos, conjuntos potentes e sem adereços ou carenagens desnecessários. Então que tal criar uma Bandit personalizada que extraísse ainda melhor essa identidade ‘bad boy’? E o nome não poderia ser outro: Diablo.
Diablo: uma Bandit 600 personalizada
O projeto é da K-Speed, que há pouco tempo presenteou o mundo com outra insanidade, uma BMW G 310 R customizada. Não sei você, mas nós já somos fãs destes tailandeses. Quem assinou a obra foi Tanadit Sarawek.
O modelo escolhido para o trabalho foi uma Suzuki Bandit 600 1996. A ideia inicial era basicamente uma restauração, mas bastou alguns minutos diante do potencial esportivo da naked para que ela evoluísse a um projeto cafe racer repleto de foscos e personalidade.
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O que há de novo
Desta forma, a calejada naked recebeu um escapamento curto 4×1 e perdeu seus filtros de ar originais. As laterais, rabeta e todos os outros adereços plásticos originais também foram retirados. O mesmo ocorreu com o assento.
Em seu lugar, a equipe criou um banco monoposto, em estilo de sela. Curto, o novo equipamento é confeccionado em couro e tem um detalhado trabalho de costura. E ele combina com o tanque, claro. Este partiu do modelo original mas foi remodelado, se tornando mais longo.
Houve mais algumas alterações técnicas. O subchassi é novo, assim como a balança traseira. Já sobre o motor (arrefecido a ar e óleo, de 599 cm³) a empresa não revelou se fez mudanças internas ou quais os números com os novos sistemas de alimentação e exaustão. Original, a Bandit 96 entregava 77 cv a 10.500 rpm e 5,6 kgf.m de torque a 9.500 rpm.
Uma nova Bandit 600
Naturalmente, esta Bandit ganhou algumas pitadas de modernidade. Assim, recebeu lanterna e setas (escondidas) em LED. O farol é da mesma tecnologia e teve seu design suavizado por uma grade que lhe cobre. Substituíndo o painel original Suzuki e seus mostradores analógicos, há uma pequena tela em LCD.
Freios ABS, controle de tração, modos de pilotagem, mapas de potência, nível de atuação do freio motor, uma IMU de diversos eixos. Tudo isto ficou de fora. Esta é uma moto purista, que despeja toda a potência de seu motor tetracilíndrico ao girar do punho, sem qualquer interferência eletrônica.
O diabo está nos detalhes
Há um ditado que diz isso e ele bem se aplica a este projeto. A Bandit 600 personalizada pela K-Speed é uma moto simples, sem extravagâncias técnicas ou visuais, mas admirável em cada um de seus detalhes. Nas costuras do banco, no formato da ponteira, nas curvas que o chassi exposto apresenta, nos semi guidões condizentes com a proposta cafe racer. É uma moto que adoraríamos ter na garagem.