Já ouviu falar do estilo café racer? Ele nasceu nos anos 50/60, onde os “rebeldes” da época – que curtiam a mistura de customização e velocidade – se reuniam para correr. Normalmente, essas corridas aconteciam próximas à cafés, daí o nome do estilo. Para celebrar esse conceito, a Royal Enfield criou a Continental 650, uma moto com visual e motor que fazem jus à essa tendência.
Royal Enfield Continental GT 650
A Continental GT é uma moto que exala atitude e estilo. Tem semi guidão, banco reto e dispensa apetrechos, o que faz dela uma moto única. O seu painel simples, com mostradores analógicos redondos, traz consigo o melhor do revival retrô.
O brilhante tanque de combustível, com capacidade para 13,7 litros, tem 5 opções de cores, dando um charme especial. Na dianteira vemos o farol redondo e o garfo com 110 mm de curso. Na traseira, a suspensão dupla a gás com 88 mm de curso, completa o desenho, junto do escape duplo cromado.
A rabeta tem um furo de cada lado do banco, para encaixar um seat cover na região da garupa. Parece um modelo de corrida de outrora. Enfim, tudo nela enche os olhos dos entusiastas!
Motor da Royal 650
Ao ligar a Continental, o seu motor bicilíndrico SOHC de 4 valvulas, refrigerado a ar, mostra sua força, são 648 cc. Uma usina que rende 47 cv a 7.250 rpm e tem bom torque em baixa, são 5,3 kgf.m aos 5.250 giros. O câmbio tem 6 marchas. Não chega a ser uma moto veloz, mas é honesta em sua proposta, para um modelo com peso em ordem de marcha de 202 kg.
Rodando na Romeiros
Com tudo alinhado, foi hora levar a moto para o meu amigo Ricardo (Rock) Kadota conhecê-la. Foram 400 km e 7 horas de viagem.
O caminho usado foi pelo Rodoanel, Castelo Branco e Estrada dos Romeiros, claro, para fazer umas curvas. Ninguém merece andar só em linha reta com uma máquina dessas.
Ao subir na moto levamos um certo tempo para se acostumar com a posição de pilotagem. O condutor fica em sentido de ataque, deitado sobre o tanque. Seu peso é sentido logo ao retirá-la do descanso lateral, mas ao engatar a primeira marcha e sair rodando tudo fica sob controle.
A GT 650 é boa de curvas, mas as pedaleiras chegam com certa facilidade ao asfalto. Trechos em “S” exigem um pouco mais de atenção. O melhor é andar sempre com o motor cheio, em 3ª ou 4ª marcha, para tornar tudo mais divertido. Os freios com disco flutuante de 320 mm na dianteira e 240 mm da traseira, dão conta do recado e o ABS em ambas as rodas funciona bem.
Enquanto isso, as suspensões trabalham de forma satisfatória, nas rodas aro 18, mesmo não estando equipadas com os Pirelli Sport Demom. O conjunto foi firme e copiou bem as curvas. O banco fino se mostrou um desafio a parte, poderia ser maior. No entanto, não prejudicou a experiência.
Consumo Royal Enfield Continental GT 650
No nosso teste com a Royal Enfield Continental GT 650, atingimos a velocidade máxima de 157 km/h. Em primeira marcha, a moto chega aos 60 km/h até cortar o giro. Em segunda, o modelo chegou a 100 km/h de forma fácil. No quesito consumo, a Continental fez na estrada médias de 24 km/L a 26 km/L. Em trecho urbano foram 21 km/L. Exigindo bastante da motoca seu consumo fica em 18 km/L.
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O veredito!
A Royal Enfield Continental GT 650 agrada aos olhos. Chama a atenção por onde passa e faz jus ao estilo café racer. Acreditamos que agrada aos fãs do movimento, que buscam uma bela moto para ir tomar um café, em um ponto de uma estrada sinuosa. Seu motor poderia ser mais vigoroso, mas dá conta do recado. Se você busca se destacar da multidão, por a partir de R$ 27.990 esta é uma opção.