Foram divulgadas as primeiras imagens do protótipo da Ducati elétrica em ação. O modelo V21L é um projeto dedicado a correr na MotoE, categoria de elétricas da MotoGP. Mais do que isso, a moto representa um ensaio a respeito de que a fabricante italiana prepara para o futuro no mercado.
Ducati elétrica na MotoGP
O primeiro teste da Ducati elétrica, a V21L, foi realizado no Misano World Circuit, em dezembro de 2021. O desenvolvimento da motocicleta de corrida prosseguiu desde então, através da análise dos dados coletados. Foram realizados desenvolvimentos técnicos e novos exames no conjunto.
Agora, o modelo deu as caras novamente, em vídeo dinâmico, filmado na pista de Vallelunga. A moto foi guiada pelas mãos do ex-campeão mundial Alex De Angelis, que participou da edição de 2019 da MotoE. Ele se juntou oficialmente à equipe de desenvolvimento, que conta também com Michele Pirro, o primeiro homem a pilotar o protótipo da Ducati.
Italianos fornecem a MotoE
A fabricante de motocicletas italiana vai assumir o papel de única fornecedora de motocicletas da MotoE, ocupando o posto que hoje é da também italiana Energica. Ou seja, a classe elétrica do Campeonato do Mundo de MotoGP será exclusivamente de motos Ducati a partir da temporada de 2023.
Para cumprir essa missão, o protótipo V21L nasceu de uma estreita colaboração. Para os novos fornecedores a tarefa é melhorar ainda mais a performance do atual modelo em competição, a Ego Corsa. Para isso, o foco principal se situa na diminuição de peso, além de melhorara na consistência de entrega de potência.
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O que sabemos da Ducati V21L
A Energica Ego Corsa é usada por todas as equipes em competição na MotoE. O modelo produz potência máxima de até 149 cv e torque de 22,4 kgf.m. Tudo isso em um conjunto que pesa 260 kg. É o suficiente para fazer o modelo acelerar de 0 a 100 km/h na casa dos 3 segundos e atingir a velocidade máxima de 260 km/h.
Apesar desses números, o rendimento do motor da Ego é mais próximo da Moto2 (765 cc), categoria intermediária da MotoGP. Já os tempos de volta são próximos da Moto3 (250 cc). Tudo isso distante da classe master de mil cilindradas, que tem motos com cerca de 100 kg a menos!
Falando nisso, após o primeiro teste da V21L, Michele Pirro descreveu que a resposta do acelerador e a ergonomia da moto foram similares às da MotoGP. No entanto, a fabricante revelou que em Misano a potência foi limitada a 70%. O resultado satisfatório pode ter sido ajudado pelo uso amplo da fibra de carbono, contribuindo na redução de peso.
O material mais leve é visto nos painéis, para-lamas, tanque e até braço oscilante da suspensão e subchassi da Ducati. Outra surpresa fica por baixo de tudo isso. A refrigeração líquida das baterias ocorre por meio de radiador. Atualmente, a moto da Energica é resfriada por meio do ar canalizado.
Ao longo dos próximos meses, a Ducati vai partilhar com o mundo mais informações sobre a evolução técnica da moto. Além é claro, os próximos passos deste projeto ambicioso.