Mais um ponto para a Kawasaki. No Salão Duas Rodas 2019 a montadora mostrou a então novíssima Z 900 2021, lançada mundialmente no EICMA algumas poucas semanas antes, e prometeu que o modelo chegaria ao país no final de 2020. Porém, estamos no início do segundo semestre e a naked já está prestes a aterrissar ao país.
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Assim, a marca apresentou a novidade nesta terça, 7 de julho, em uma live. O modelo estará em pré-venda de 8 a 31 de julho e pode ser visto nas concessionárias a partir de agosto. Dessa forma, o preço sugerido é de R$ 47.990, mas quem aproveitar o período promocional pode garantir a sua com dois mil de desconto, por R$ 45.990. Nada mau, já que a antecessora Z 900 2020 partia de R$ 43.490.
O que há de novo na Kawasaki Z 900 2021
As principais novidades da nova Z 900 2021 estão na tecnologia. Primeiro, há de se destacar a atuação do controle de tração (KTRC, Kawasaki Traction Control) e mapas de potência (Power Mode), que são combinados nos 4 modos de pilotagem Sport, Road, Rain e Rider – sendo o último totalmente personalizável. Tudo inédito até aqui.
Assim, o outro atrativo do modelo é a conectividade com smartphone, realizada através de uma tela TFT e do funcional aplicativo Rideology The App. Naturalmente, os dispositivos se conectam via bluetooth. Aliás, o app renderia uma reportagem só para si, mas aqui vai um resumo.
Desse modo, podemos dizer que ela possibilita acesso ao histórico da moto e leitura de arquivos de dados de pilotagem, bastante detalhados, que remete à telemetria das competições. Ainda, envia notificações do celular ao painel durante a pilotagem e permite salvar as configurações favoritas da moto em seu aparelho.
No design…
Além disso, há novidades pontuais no visual. Novas carenagens no tanque e farol, por exemplo, além de rabeta, que reforçam o estilo ‘visceral e musculoso’ da família Z, como dito durante a apresentação. Segundo a Kawasaki, o chassi também recebeu ‘melhorias’.
Finalizando, a iluminação da nova Z 900 é full LED. Assim, farol, setas, lanterna traseira, luzes de posição e luz de placa adotam a tecnologia. Falando nela, a lanterna traseira, é claro, mantém o design em Z característico da família.
Moto à mão – legenda
Nova tela TFT
Substituindo o painel com conta giros analógico e uma pequena tela de LCD (praticamente idêntico ao que ainda equipa as irmãs menores Z 650 e Z 400), a nova tela TFT faz jus a ter estes dois parágrafos só para ela.
Com 4,3″ (10,9 cm), ela possui duas opções de cores e 3 níveis de brilho. Assim, exibe uma série de informações do computador de bordo, como velocidade e rotação, marcha engatada, shift light, hodômetros total e 2 parciais, consumo de combustível instantâneo, velocidade média e lembrete da agenda de manutenção. Do smartphone, exibe notificação de e-mail e chamadas e outra funções… mas não GPS.
Modelo mantém potência da antiga Z 900
Exceto a eletrônica e itens relacionados ao design, a Z 900 2021 manteve sua receita. Assim, o motor é o mesmo quatro cilindros em linha, DOHC de 16 válvulas, arrefecido a líquido e com 948 cm³, ajustado para atender às exigências da Euro 5 e Promot 5. O conjunto gera 125 cv a 9.500 rpm e 10,1 kgf.m, a 7.700 rpm. A embreagem assistida e deslizante segue lá.
Assim, chassi e suspensões também foram mantidas. Os freios ABS, por sua vez, contam com disco duplo de 300 mm na dianteira e simples de 250 mm atrás. Nas suspensões seguem ajustáveis com garfo dianteiro invertido de 41 mm na frente e com pré-carga de mola atrás – são 120 mm e 140 mm de curso, respectivamente.
Qual a melhor: Z 900 ou Z 1000?
Então, qual é a melhor entre Z 900 e Z 1000? Felizmente, temos os dois modelos à venda no Brasil (inclusive com a versão Z 1000R Edition) e é natural que a dúvida surja entre os fãs da marca, afinal, são duas Kawasaki, naked, tetracilíndricas, perto dos 1.000 cm³.
A Z 1000 é mais potente e pesada, com 142 cv e 221 cv em ordem de marcha. Já a nova Z 900 produz 125 cv e 212 kg, também considerando todos os fluídos.
Semelhanças e possíveis dúvidas à parte, a resposta de Alex Noé, chefe do Serviço Técnico da Kawa, é clara. “A Z 900 pode perfeitamente ser a sua primeira quatro cilindros, sempre à mão. Já a 1000 é bruta e exige experiência do piloto”.