Uma das maiores parcerias entre equipe e piloto da MotoGP chegou a ao seu fim nesta semana. Após 11 anos juntos, Marc Márquez e Honda chegaram ao seu ponto final e agora o multicapeão se rende ao poder das motos Ducati, dominantes nas últimas e atual temporadas. Mas afinal, quem é a Gresini, nova equipe do espanhol?
Honda dá adeus ao seu ídolo Marc Márquez
Embora os maus resultados da Honda em 2023 já indicavam uma possível mudança futura (visto que Márquez soma apenas 64 pontos, 15° colocado), a comunidade da MotoGP ainda esperava para ver se essa decisão realmente iria acontecer. Afinal, a Honda se mantém como uma das maiores equipes do grid e tem totais condições de recuperar o bom desempenho nas próximas temporadas. Além disso, uma equipe satélite nunca alcançou títulos na categoria.
Talvez a decisão de Marc tenha sido influenciada pelo bom desempenho de jovens pilotos em times equipes privadas. É o caso de Jorge Martin (Pramac), atual vice-líder na MotoGP, e do jovem Marco Bezzecchi (Mooney V46), ambos correndo por times satélites da Ducati. Assim, aos 31 anos Marc Márquez irá correr de Ducati pela Gresini em 2024. Curiosamente, irá correr mais uma vez ao lado do irmão Alex Márquez, repetindo a breve parceria de 2020, quando aceleraram suas Honda.
Quem a Gresini, nova equipe de Marc Márquez
No entanto, Márquez não chega para uma equipe satélite qualquer. Isso porque a equipe Gresini já está no grid desde 2002, quando era parceira da Honda. Depois, representou a Aprilia, em uma parceria que durou de 2015 a 2021. Em 2022, o trabalho chegou ao fim e a Gresini decidiu assumir o papel de satélite da Ducati.
Com alguns momentos de protagonismo, a Gresini sempre se comportou como uma equipe média no grid. Um dos pontos altos veio ano passado, com quatro vitórias de Enea Bastianini. Atualmente, o time busca consistência com a dupla Alex Márquez e o estreante Fabio Di Giannantonio, que dará lugar a Marc Márquez em 2024.
A princípio, a Gresini Racing irá adotar a Ducati Desmosedici GP23 para a temporada de 2024. Ou seja, a mesma moto da temporada de 2023, com um contrato de apenas um ano com o octacampeão Mundial. Porém, não seria nenhuma surpresa se o time fizesse um esforço para ter as versões atualizadas de 2024, pensando talvez em alcançar um protagonismo maior na pista.
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Piloto vai, mas a equipe fica
Márquez ainda corre pela Honda até o final da temporada 2023, agora na tentativa de conquistar seus últimos pódios pela Honda. Contudo, o piloto não poderá levar sua equipe técnica para Gresini, porque a Ducati não aceitou abrir os segredos de suas motos para técnicos e engenheiros que mais tarde podem ir para outros times e construtores. Portanto, será uma ruptura total entre o espanhol e o time que o acompanha nos últimos 10 anos.
Para a MotoGP, será a chance de juntar o melhor piloto do grid com a melhor moto da atualidade. Sendo assim, a Honda perde sua estrela, mas o grid ganha mais um competidor na luta por títulos pelos próximos anos.