A Yamaha fará motores elétricos para carros da Fórmula E! Isso mesmo. A marca japonesa, famosa pelas motocicletas, instrumentos musicais e tantos outros produtos, entrará no mundo das corridas de carros. Ou melhor, voltará, aproveitando seu histórico nas competições de quatro rodas – ninguém falou em vitórias. Confira mais detalhes dessa história.
Yamaha fará motores elétricos para Fórmula E
Depois de ser colocada sob administração judicial, em 2012, a Lola Cars retornará ao automobilismo. Entretanto, ela não volta sozinha. A construtora de carros de corrida britânica vem com a Yamaha. Juntas, as empresas serão responsáveis por chassis e motores elétricos para a Fórmula E. A nova parceria foi anunciada em Tóquio, marcada para começar no campeonato totalmente elétrico já na temporada de 2025.
Entretanto, ainda não sabemos se o projeto Lola/Yamaha fornecerá motores à equipe Abt, que se separara da Mahindra no próximo ano, ou então será um novo time próprio. Contudo, deve ser um trabalho voltado para o Gen3.5, que será a nova versão do carro da Fórmula E em 2025.
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Yamaha já acelerou na Fórmula 1…
Esta não é a primeira vez que a Yamaha investe no mundo do automobilismo. A companhia atuou na Fórmula 1 de 1989 a 1997, quando fornecia os bebedores de petróleo à equipe Arrows, numa era em que nem se imaginam carros elétricos.
A marca entrou para a categoria máxima do automobilismo ainda em 1989, aproveitando o fim da primeira era turbo e a popularização do esporte no Japão. Dessa forma, passou a equipar a equipe Zakspeed, com um motor V8 aspirado.
Contudo, esse motor OX88, e seus 600 cv, não era capaz de fazer frente aos propulsores concorrentes. Entre eles, alguns com mais de 700 cv, como os V8 Ford (Benetton), o V10 da Renault (Williams) e o V12 da Ferrari. E também o os V10 da eterna rival Honda (McLaren), que foi campeão naquela temporada – nas mãos do sempre lembrado Ayrton Senna.
… Mas o resultado não foi o esperado
Como resultado, das 16 etapas da temporada de 89, o carro da Zakspeed conseguiu se qualificar para a largada em apenas duas oportunidades. Assim, a Yamaha saiu de cena em 1990, mas retornou no ano seguinte, para equipar a equipe Brabham com um V12. Porém, não rendeu bons resultados novamente…
Em 1992, a Yamaha se aliou à Jordan e moveu o time da Tyrrell de 1993 a 1996. Por fim, no ano seguinte veio sua cartada final na Fórmula 1, fornecendo motores à equipe Arrows, em 1997. Com oito anos de trabalho, a japonesa marcou apenas 36 pontos e dois pódios na competição. Sem uma vitória sequer, a Yamaha abandonou a F1 e decidiu concentrar seus esforços na motovelocidade – ainda bem.