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O Estado de São Paulo registrou no primeiro trimestre de 2019 o menor número de mortes no trânsito desde 2015, de acordo com dados do Infosiga-SP. No entanto, motociclistas continuam sendo as principais vítimas no trânsito paulista, com aumento de quase 6% nas mortes – 439 mortes de motociclistas no Estado contra 415 nos três primeiros meses de 2018. Aproveitando o Maio Amarelo, o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran/SP) alerta que esse cenário pode ser revertido com a prática de comportamentos simples pelos motociclistas. Confira as 12 dicas do Detran/SP.

Motociclistas no trânsito: realidade irreversível, mas ainda com muitas mortes; só o comportamento de cada um pode mudar isso

Motociclistas no trânsito: realidade irreversível, mas ainda com muitas mortes; só o comportamento de cada um pode mudar isso

  1. Capacete Obrigatório para piloto e garupa, ele reduz as chances de ferimentos graves em um acidente. Deve estar devidamente fixado à cabeça, preso ao queixo por meio da cinta, sem folgas, e com a viseira totalmente abaixada. Na ausência dela, será necessário usar óculos protetor específico – não vale óculos com lentes corretivas ou de sol;
  2. Calçados e roupas resistentes – Nada de chinelos ou sandálias, pois o mercado oferece botas, jaquetas e calças específicas, com material mais resistente para evitar lesões. Coletes refletivos ajudam a tornar os motociclistas mais visíveis, principalmente à noite, já que uma das principais regras de segurança do trânsito é ver e ser visto. Não esquecer do par de luvas;
  3. Uso do celular – O celular pode ser utilizado como GPS, sempre preso ao guidão da moto, mas só deve ser manuseado quando a moto estiver parada e com o motor desligado. Celular dentro do capacete, fones de ouvido e outras soluções elevam o risco de acidentes pois tiram a atenção dos motociclistas do trânsito. Ah, e tudo isso pode gerar multas;
  4. Trafegar no corredor – A legislação federal de trânsito não proíbe a circulação de motos nos corredores entre os carros, mas o motociclista deve guardar distância segura lateral e frontal entre os demais veículos, considerando velocidade, local, circulação, veículo e o clima;

    No corredor: avalie as condições e use-o em velocidade segura (foto de Claudinei Cordiolli)

    No corredor: avalie as condições e use-o em velocidade segura (foto de Claudinei Cordiolli)

  5. Ultrapassagem à direita – Nunca! Os motoristas de carros não esperam essa atitude e isso aumenta o risco de colisão. A ultrapassagem deve ser feita em locais permitidos pela sinalização e pela esquerda, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver na faixa apropriada e sinalizando o propósito de entrar à esquerda;
  6. Excesso de velocidade – É fundamental respeitar os limites, ainda mais sobre uma motocicleta, que deixa o condutor mais vulnerável e sujeito a impactos contra o piso e contra outros veículos. O registro de dados de acidentes com motocicletas em todo o mundo comprovam que o risco de morte e a gravidade em um acidente são maiores maior conforme aumenta a velocidade;
  7. Manobras e postura – O motociclista deve estar montado ou sentado, com as duas mãos no guidão e os pés sobre os pedais ou assoalho, no caso de motoneta, para pilotar. Empinar a moto ou conduzir de forma agressiva suspendem seu direito de dirigir. No outro lado, empurrar a moto para fazer uma conversão usando faixa de pedestres ou calçadas também não é permitido;
  8. Escapamento esportivo – É permitido, desde que atenda o que prevê a legislação federal de trânsito quanto a ruídos e emissão de poluentes. O motociclista não pode rodar com escapamento aberto, sem silenciador ou danificado. O ideal mesmo é manter a originalidade da moto;
  9. Alterações na motocicleta – Devem seguir as especificações previstas na legislação e muitas devem ser anotadas no documento da moto. Na dúvida do que pode mudar, consulte Detran. Guidão, lâmpadas de LED no farol, espelhos retrovisores são alguns exemplos de partes que podem comprometer a segurança se modificadas fora da especificação;
  10. Antena corta-pipa – Apesar de não ser um item obrigatório, é de extrema importância para a vida do motociclista, pois impede o contato direto da linha cortante da pipa com o pescoço do piloto. Todo cuidado é válido;
  11. Buzina só na hora certa – Não deve ser utilizada de forma prolongada e a qualquer pretexto, apenas em situações necessárias para advertir pedestres e condutores de outros veículos, dando um simples toque;
  12. Manutenção e verificação preventivaÉ fundamental sempre agir preventivamente para evitar surpresas desagradáveis. Imagine ter uma pane no motor ou uma corrente de transmissão quebrada no meio de uma avenida ou rodovia movimentada? Confira sempre a calibragem e as condições dos pneus, verifique todas as luzes, o farol e os freios da moto e siga em paz!!!

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Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.