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Diversas empresas do Brasil seguem se adaptando às atividades para conter o avanço da Covid-19 no país. Ontem, Honda, Yamaha e BMW Motorrad anunciaram a suspensão temporária de suas linhas de produção, todas localizadas em Manaus (AM).

Fábrica da Honda em Manaus já produziu 25 milhões de unidades desde inauguração, em 1976

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Como possui maior share de mercado, é natural que a paralisação da Honda cause maior impacto, tanto na economia local quanto no setor duas rodas brasileiro. Atualmente, a fábrica emprega diretamente cerca de 7 mil funcionários, engajados na produção de 24 modelos. Na prática, uma moto deixa a linha de produção a cada 20 segundos.

A empresa irá pausar os trabalhos a partir de 27 de março, sexta-feira, com retorno previsto para 13 de abril, podendo ser postergado até o dia 20 do mesmo mês. De acordo com a fabricante, a decisão “prioriza a segurança e saúde das pessoas”. Os funcionários diretamente envolvidos na produção serão compensados com a utilização do banco de horas, referente a jornada interrompida entre os dias 27 e 30. A partir da segunda-feira, 30 de março, eles entrarão em férias coletivas.

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Situação na Yamaha e BMW

Já a unidade fabril da Yamaha está suspensa de 31 de março a 19 de abril. Além disso, a marca também implementou uma série de outras iniciativas atendendo as recomendações das autoridades de saúde, como a adoção do trabalho remoto para uma parcela dos colaboradores, reuniões internas e com fornecedores realizadas por videoconferências e o cancelamento de ações internas e externas.

Fábrica de motos da BMW no Brasil é a maior do mundo fora da Alemanha

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A BMW enviou nota à imprensa informando a suspensão de sua produção de motocicletas de 30 de março até 23 de abril. “A medida faz parte de uma série de ações que a companhia tem aplicado para proteger seus colaboradores, com o avanço da COVID-19. Outras ações para aumentar a proteção dos colaboradores já foram tomadas pelo BMW Group como redução das pessoas em unidades produtivas, cancelamento de viagens, medidas para proibir aglomerações dentro da planta, áreas administrativas em sistema de home office e intensa comunicação sobre higienização e formas de evitar a contaminação e propagação do novo Coronavírus”, afirmou.

Atividades essenciais serão mantidas Honda

De acordo com a Honda, para as atividades imprescindíveis (que não podem ser realizadas a distância, como manutenção e segurança patrimonial) será mantido um contingente mínimo de colaboradores. Estes adotarão medidas de prevenção recomendadas pelas autoridades, a fim de conter a disseminação do vírus. Nas áreas administrativas, a fabricante está direcionando o maior número possível de pessoal também para férias coletivas ou regime de home office. A Honda anunciou que seguirá acompanhando o cenário e unirá esforços coletivos no combate ao Covid-19.

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Marca japonesa figura como a maior fabricante do país com cerca de 80% do mercado

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Freada vem logo depois de um recorde

É curioso pensar o momento pelo qual atravessa o setor. Alguns dias antes de anunciar a paralisação de sua linha de montagem, a Honda anunciou o marco de 25 milhões de motocicletas produzidas em solo nacional, todas saídas da fábrica de Manaus, inaugurada em 1976. Foi a primeira montadora de veículos a atingir o número no Brasil. A nível mundial a empresa já atingiu a marca de 400 milhões de unidades.

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza