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Contrariando a máxima ‘não se mexe em time que está ganhando’, a Kawasaki renovou sua superesportiva. Imbatível no Campeonato Mundial de Superbike desde 2015, a ZX-10R ganhou uma nova geração. E em breve ela estará disponível no Brasil.

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Nova ZX-10R: preços

Hoje a marca oficializou a vinda do modelo ao país. As primeiras unidades chegam aos concessionários na segunda quinzena de junho, disponível em dois preços e versões. A preta sai por R$ 97.990, enquanto a Kawasaki Racing Team, com visual inspirado nas máquinas das pistas, custa R$ 99.990.

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Nova Kawasaki ZX-10R 2022 chega ainda em junho. A preta custará R$ 97.990, já a verde, nas cores da KRT, tem preço sugerido de R$ 99.990

Os valores já incluem frete para todo o país e, assim, devem coincidir com os preços que os consumidores encontrarão nas lojas. Aliás, os 100 primeiros compradores levarão de brinde um capacete exclusivo.

Motor (ainda) mais potente

O motor manteve sua base, mas recebeu aperfeiçoamentos. Segue a configuração DOHC, com quatro cilindros em linha e 998 cm³, que agora entrega 203 cv a 13.200 rpm (são 213 com Ram Air) e 11,7 kgf.m de torque a 11.400 rpm. Antes, eram ‘apenas’ 200 cv a 13.000 rpm e 11,6 kgf.m a 11.500 rpm.

No conjunto, a principal novidade ficou a cargo do novo radiador de óleo refrigerado a ar com circuito independente, inspirado no sistema que equipa a equipe verde no WSBK. Já o acelerador por cabos deu lugar ao eletrônico e as três primeiras marchas estão mais curtas, favorecendo retomadas.

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Novidades nos freios e suspensões

As suspensões também receberam atualizações. Na dianteira, o garfo invertido de 43 mm, com tecnologia Showa BFF (Balance Free Front Fork), ganhou uma área de fixação mais ampla no grampo triplo inferior e os tubos externos foram revisados. Já as configurações da mola foram alteradas para se adequar melhor as características das pistas, reduzindo o spring rate de 21,5 N/mm para 21,0 N/mm.

Mudança parecida também ocorreu na traseira, só que o oposto. O spring rate foi elevado de 91 N/mm para 95 N/mm para tornar a mola mais rígida. O restante da configuração seguiu igual ao modelo anterior: back-link horizontal com BFRC-lite (Balance Free Rear Cushion), com reservatório de gás tipo piggyback, compressão, retorno e pré-carga totalmente ajustáveis.

Já os freios seguem assinados pela Brembo. O modelo teve poucas mudanças, incluindo revisões nas pastilhas e no reservatório de fluido traseiro, que foi reposicionado para oferecer maior liberdade de movimento aos pilotos durante as mudanças de direção. No mais, o lançamento seguiu com a configuração de disco duplo semiflutuante de 330 mm e pinça dupla com quatro pistões na dianteira, e, na traseira, disco simples de 220 mm com pinça de furo simples com pino deslizante.

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ZX-10R com novo visual

Se na mecânica houve uma série de pequenas mudanças, no design as alterações são claras. Entre as modificações estão a bolha disposta num ângulo mais íngreme e 40 mm mais alta, a posição dos punhos estendida 10 mm para frente, a parte traseira do assento mais elevada, assim como pedais que foram reposicionados 5 mm para cima. Essas revisões contribuíram para melhorar a liberdade do piloto sobre a moto, diminuir o arrasto nas retas e proporcionar uma condução mais agressiva nas pistas.

A carenagem também mudou. A entrada do Ram Air recebeu novo formato e ficou mais compacto sem perder eficiência. A carenagem do farol recebeu Winglets que contribuem para manter a roda dianteira no solo nas saídas de curva e em fortes acelerações. Novas aberturas laterais foram inseridas para melhorar a dissipação do calor do motor.

Mudanças na eletrônica

Os farois passam a ser em LED, assim como os indicadores de direção. Os espelhos acolhem as setas, também em LED, e podem ser facilmente retirados por quem quiser usar a nova ZX-10R 2022 na pista.

O sistema eletrônico passou por várias atualizações. Desenvolvido pelo Programa de Modelagem Dinâmica da Kawasaki e aprimorado com a entrada de uma IMU (Unidade de Medição Inercial) da Bosch, a superesportiva trouxe novos recursos como modos de pilotagem integrados, controle eletrônico de cruzeiro e painel de instrumentos digital em TFT colorido com conectividade para smartphones.

Os modos de pilotagem foram aprimorados, facilitando definir o controle de tração (S-KTRC) e a entrega de potência (Power Mode) ideais para cada tipo de situação. Por meio de um botão ao lado do punho esquerdo, o condutor pode escolher entre três configurações pré-determinadas (Esportiva, Estrada e Chuva) ou ainda quatro configurações manuais (Rider 1-4), previamente definidas. Além disso, o S-KTRC (Sport-Kawasaki TRaction Control) recebeu atualizações nos modos 4 e 5, o que tornou a condução mais ‘amigável’ e facilitou a aceleração durante as curvas e nas saídas de curva.

Já para longas distâncias, a nova eletrônica trouxe melhorias no Controle Eletrônico de Velocidade de Cruzeiro. Com ela é possível manter a velocidade desejada com um simples toque de um botão, o que reduz o desgaste na mão direita durante grandes viagens. Após selecionada a velocidade, a potência do motor é ajustada automaticamente através de válvulas de aceleração eletrônica para se manter estável mesmo durante subidas e descidas. Para desativar o sistema, basta o piloto fazer um acionamento manual nos freios, no acelerador ou ainda na embreagem.

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza