As motos elétricas seguem ganhando espaço em muitas partes do mundo num ritmo acelerado. Se já são populares na Ásia e têm forte apelo na Europa, aos poucos devem se popularizar também na África. Ao menos no que depender de empresas locais como a Spiro. Conheça seu audacioso projeto.
Marca quer popularizar motos elétricas na África
Na África, mototáxis elétricos já desempenham um papel importante na mobilidade, em locais como a região metropolitana de Kampala, capital da Uganda, no leste do continente. É de lá que também vem a Spiro, maior fabricante de motos elétricas do país.
A jovem empresa foi fundada em 2022 e já comercializou cerca de 5 mil motos no país. Agora, estabeleceu um acordo com o governo local para uma grande expansão, devendo entregar mais de 140 mil motos ao país de 44 milhões de habitantes nos próximos cinco anos. Ainda, tem planos de construir operações em países da África Ocidental, como Benin e Togo.
Além disso, a marca estuda trabalhar na infraestrutura, criando postos de recarga e troca de baterias. Tudo isso pode ser possível graças a um investimento recente no valor de 63 milhões de dólares (R$ 305 milhões), através de parcerias com a Societe Generale e a GuarantCo.
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Motos elétricas da Spiro
Atualmente, a Spiro tem apenas dois modelos de motos elétricas à venda. Uma é a curiosa Commando, uma longa motocicleta street com motor de 6,5 quilowatts (8,5 cv), velocidade máxima de 80 km/h e alcance de até 75 km, graças às duas baterias removíveis.
A Spiro também oferece a Chap Chap, projetada para pequenos deslocamentos. A scooter promete acelerações próximas de uma 125 cc a combustão, mas tem velocidade máxima de 65 km/h. Sua bateria proporciona autonomia de 90 km, com uma única carga.
Atualmente, segundo o CEO da Spiro, Jules Saiman, a empresa está determinada a capacitar a força de trabalho local. Mais do que isso, tem planos de fabricar pelo menos 15 mil motocicletas elétricas, 31 mil baterias e instalar 1.000 estações de troca de baterias.
Em resumo, de acordo com a empresa, o empreendimento vai permitir gerar ainda mais empregos operacionais, de manutenção e de suporte técnico no continente africano.