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Nós brasileiros sabemos bem o que é uma moto flex. Elas existem por aqui desde 2009, quando a Honda lançou a CG 150 Mix, movida por gasolina ou etanol em qualquer proporção. Agora, aos poucos o mundo se rende à tecnologia, que será adotada até por motos premium de alta cilindrada. Veja o que irá rolar.

 

Marca premium planeja moto flex  

A Triumph anunciou que está trabalhando em combustíveis sustentáveis ​​para seus motores de corrida. Com isso, uma das principais marcas premium planeja criar uma moto flex! E a fabricante já sabe o que pode fazer: uma Street Triple 765cc de pista rodando com gasolina e etanol.

A Triumph Motorcycles é a atual fornecedora de todas as equipes do Campeonato Mundial de Moto2. A classe é a última etapa antes da gloriosa MotoGP e conta com os motores triplos de 765 cc da marca britânica.

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Triumph é a fornecedora exclusiva da Moto2

No entanto, os chefes da categoria pretendem reduzir o impacto ambiental das corridas. Para isso, a classe Moto2 deve implementar o novo combustível E40, rico em etanol, até 2024. O plano é reduzir o CO2 produzido na ação na pista e, entre outros objetivos, alcançar uma mistura com ainda mais etanol até 2027.

Com a bandeira ‘anti-poluição’ a MotoGP já tem o campeonato de motos elétricas, a MotoE. No entanto, são máquinas ainda muito aquém do poderio de modelos à combustão, pesadas, de autonomia limitada e de ‘baixa’ cavalaria. Com isso, a solução seria então apostar em um ‘combustível verde’ para as classes iniciantes.

Motor da Moto2 em breve será uma unidade flex

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Nesse sentido, o etanol extraído de fontes vegetais seria uma alternativa para o curto prazo no mundo das corridas. Mais do que isso, segundo o diretor de produtos da Triumph, Steve Sargent, a ideia poderia migrar também para modelos destinados a rodar nas ruas.

Ou seja, uma moto flex premium de alta cilindrada pode se tornar real no futuro!

Veja também:

Street Triple RS bicombustível 

Enquanto uma moto flex Triumph de rua não chega, tudo o que se sabe é que o projeto com etanol vai para às pistas da Moto2. O novo combustível será misturado à gasolina, que alimentará os motores de corrida de três cilindros 765cc, derivados da Street Triple.

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Street Triple

Atualmente, os motores derivados da Street Triple alimentam a Moto2

Segundo a marca, será um trabalho para garantir que não haja queda de desempenho ou velocidade. Para quem não sabe, a unidade da Triumph em corrida entrega potência de pico superior a 140 cv e já registrou recorde de velocidade de 301,8 km/h em Phillip Island.

Se todo esse poderio puder ser igualado com um propulsor bebendo etanol e gasolina, será de fato a abertura para modelos de motos flex de alta potência nas ruas. Uma realidade bem diferente da que vemos no Brasil e no mundo atualmente, onde as motocicletas bicombustíveis são populares de baixa cilindrada, visando apenas a economia.

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]