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A moto elétrica está cada vez mais presente nas ruas das grandes cidades do Brasil. Não é raro ver uma street ou scooter eletrificada rodando silenciosamente por aí, mas a categoria ainda deixa muitas dúvidas em motociclistas, sem experientes consumidores de gasolina ou recém-habilidatos que estão animados com as novidades. Afinal, vale a pena comprar uma moto elétrica? Veja verdades e mentiras sobre as eletrificadas.

Verdades sobre a  moto elétrica

1 – Se livra da gasolina

Com certeza! Esse é o principal destaque da novidade: o não uso de combustível fóssil como fonte primária de energia. Ou seja, com uma moto elétrica você não precisa mais se preocupar com flutuações (e aumentos) no preço da gasolina.

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O alto preço da gasolina é sempre uma preocupação aos motociclistas. Mas não para quem acelera uma moto elétrica

2 – Pode rodar na chuva

Não se preocupe, as motos elétricas podem rodar na chuva. Scooters e motocicletas são modelos para deslocamento em ambientes abertos, por isso, devem rodar com segurança mesmo com água na pista. Apesar disso, alguns modelos ainda sofrem panes e dandos ao rodar sob chuva intensa, algo inaceitável para os padrões atuais.

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3 – Moto elétrica com benefícios no  IPVA

É verdade! Muitos estados, ou mesmo cidades, oferecem descontos e isenções para veículos elétricos. Tudo depende de cada região. No entanto, o benefício mais comum em relação às elétricas é referente ao IPVA, livrando o proprietário de pagar o tributo anualmente. Confira no seu estado as regras atuais e mantenha seu veículo em dia!

moto elétrica pode não pagar ipva

Isenção ou descontos no IPVA é concedido para modelos elétricos e de trabalho – em alguns estados do Brasil

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Mitos: moto elétrica

1 – Não precisa emplacar 

Se a moto elétrica pode ter benefícios como desconto ou isenção de IPVA, é claro que deve ser emplacada. Isso mesmo, as elétricas precisam estar regularizadas no sistema do Detran, desde as scooters de baixa cilindrada até as street mais potentes. Já abordamos estas regras em algumas oportunidades e você pode conferir os os detalhes aqui. Rodar de forma irregular gera multa e apreensão do veículo.

moto elétrica precisa emplacar

Cena comum em cidades do Brasil: motos, scooter e ciclomotores elétricos sendo recolhidos ao pátio de Detran por não estarem emplacados e licenciados

2 – Moto elétrica é mais barata 

Infelizmente, não é bem assim… Os veículos elétricos ainda são caros no Brasil, uma verdade que engloba tanto as motos quanto os carros. Assim, uma moto ou scooter eletrificada costuma ter valor superior a uma à gasolina com desempenho semelhante.

moto elétrica anda menos que a combustao

As motos elétricas têm suas vantagens, mas o preço não está na lista. Costumam ser mais caras que motos a combustão de desempenho semelhante (ou até bastante superior)

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Por exemplo, a scooter elétrica mais vendida do país é a Voltz EV1. Ela custa R$ 17.985 (fipe), tem velocidade máxima estimada em 75 km/h e, com velocidade máxima média de 35 km/h, pode rodar até 180 km sem recarregar. Uma Honda Elite 125, a gasolina, chega aos 100 km/h e pode rodar mais de 300 km sem precisar reabastecer. E custa ‘apenas’ R$ 14.808 (fipe).

3 – Moto elétrica dispensa de manutenção 

Além de precisar ser emplacada, uma moto elétrica também deve ser levada ao mecânico. Afinal ela ainda é uma moto, independente se movida a eletricidade, hidrogênio, urânio ou gasolina.

Esqueça a troca de óleo (foto), mas lembre-se que o motor elétrico, freios, suspensões, rodas e outros componentes ainda o levarão à oficina

Os ajustes mecânicos são reduzidos pelo motor elétrico ter menos peças móveis, o qua também dá fim às trocas de óleo, ajustes de válvulas e outras manutenções periódicas de modelos a combustão. Porém, seu motor elétrico ainda carece de revisão periódica, estipulada e realizada pelo fabricante.

E ainda há todo o restante do conjunto, que não deve ser negligenciado. Alinhamento das rodas, troca dos pneus, revisões e ajustes nas suspensões, verificação dos freios, seus cabos e pastilhas. Esses são apenas alguns dos motivos que levam as motos elétricas às oficinas, como qualquer outra moto. Ou seja: não basta apenas ‘comprar e rodar’, ainda é preciso de manutenção.

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]