Já pensou em customizar aquele scooter encostado na garagem mas não sabe como? Uma oficina localizada no Recife fez dois projetos de scooters personalizados bem interessantes. Assim, para o plano ousado foram usados um Honda PCX e um Shineray XY 50 Q.
Como um ponto fora da curva, a customização de scooter sai do senso comum de usar apenas motos de posição montada e com aquele câmbio tradicional para ser a tela do projeto de personalização.
Escolha nada comum para personalização
Como é possível notar, o segmento dos scooters tem como características a posição sentada e com os pés no assoalho para pilotar, além de suas carenagens volumosas, como é o caso da PCX. Esse scooter da Honda é o mais vendido do Brasil.
Isso é comprovado pelos dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) que registrou 15.849 vendidas apenas no primeiro semestre deste ano.
Em contrapartida, a Shineray XY 50 Q, viveu no olho do furacão entre 2010 e 2015 que foi quando o país estava no frenesi pelas famosas ciquentinhas. Contudo, depois que foi decretado a obrigatoriedade do uso de capacete e registro da moto, esses modelos quase desapareceram. É nesse momento que entra a personalização para dar um upgrade e levar o modelo de volta às ruas.
Antes de tudo, tanto a Honda PCX 150 quanto a Shineray XY 50 Q foram personalizadas pelo customizador e empresário João Guido na oficina Lata Nova em Recife (PE). Para entendermos melhor como funciona todo o processo, o Motonline bateu um papo com João e ele revelou alguns detalhes do planejamento usado para por em prática as customizações.
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Scooters personalizados: PCX Rukus
O design da PCX original já é um queridinho entre os motociclistas que curtem scooter. Mas tem pessoas que gostam de ter algo único, autêntico e original. Afinal, é bacana você ser reconhecido por onde passa com sua moto.
Foi assim que a PCX Rukus surgiu. O projeto de autoria do customizador João Guido tem uma pegada futurista e bruta, como seu próprio nome já denuncia. João contou que o projeto precisou de 90 dias para ser concluído.
Dessa forma, o customizador relata que é preciso construir toda a estrutura do zero para um scooter.“Em scooters os projetos são mais demorados que o normal. Por baixo de toda aquela carenagem, não existe uma moto, pois é um punhado de ferro só para sustentação. Não tem estética nenhuma”, pontuou.
Shineray XY 50 com um Q a mais
Já a Shineray XY 50 Q recebeu uma customização que agrega mais personalidade ao modelo, tendo em vista que seu design é mais popular e simples, em comparação com a PCX. O tempo para personalizar foi o mesmo da Brutus e contou com o esforço árduo de João.
Ele falou que o dono chegou com a moto para customizar, mas não sabia o que era possível fazer. “As ideias vão surgindo quando desmonto a moto e vejo o que consigo mudar. `Procuro sempre entender o que é possível ser alterado e o que não consigo alterar.”
Além disso, nos dois projetos o customizador enfatiza que procura sempre priorizar uma uma ergonomia, dirigibilidade e conforto para o cliente. Assim, o processo criativo acontece durante todo o projeto.
Preço e mudanças na documentação dos scooters personalizados
Chegamos na parte mais burocrática. Com relação ao preço da customização a oficina Lata Nova não trabalha com tabela fixa, já que cada projeto é único. Mas João alega que basta o interessado chegar na oficina com a moto que pretende customizar que é montado um orçamento.
Enquanto isso, para a documentação, como são muitas modificações, é necessário constar no documento da moto. Esse processo é feito no Detran de cada cidade e a oficina indica um despachante para ajudar em todo o trâmite preciso para regulamentar o veículo no departamento de trânsito.