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Recentemente, o ex-piloto de Fórmula 1, Daniel Ricciardo, revelou ter o interesse de cruzar os Estados Unidos a bordo de uma motocicleta 110 cc. Mas essa aventura é fichinha perto da que iremos apresentar agora. Vamos falar de uma mulher que deciciu cruzar continente africano de norte a sul a bordo de uma moto elétrica nada adequada para essa missão. Será que deu certo?

Cruzando a África de moto elétrica

A aventureira Sinje Gottwald resolveu rodar cerca de 13 mil quilômetros na África a bordo de uma moto elétrica curiosa. A Cake Kalk AP, é uma elétrica “Off Road”, mas com um desempenho similar ao das scooter. Ou seja, nada adequada para quem quer superar terrenos pesados, percursos difíceis e a falta de estrutura do território africano.

Sinje Gottwald e moto elétrica Cake Kalp AP

Gottwald saiu da Espanha em outubro de 2022 e começou sua jornada no Marrocos, extremo norte do continente, passando por países como Senegal, Gana, Nigéria, Camarões, Angola. O destino final, logicamente, é a África do Sul. Além disso, Sinje teve que enfrentar ainda as burocracias do percurso para sair de um país a outro, que em alguns casos levaram várias horas.

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Recarregando uma moto elétrica na África

Quando se trata de motos elétricas, você deve estar pensando o óbvio: como ela fez para recarregar a motocicleta em regiões pouco habidatas, de estrutura precária? Pois bem, Sinje Gottwald levou duas baterias na viagem, com dois carregadores. Outros itens de sobrevivência como algumas peças sobressalentes, monitor, acelerador, corrente, fusíveis, ferramentas, um laptop, câmera e objetos pessoais.

moto elétrica Cake Kalp AP

A princípio, a aventureira conseguiu carregar as baterias em alguns pontos de parada e com a ajuda de bons samaritanos ao decorrer do caminho. Importante saber que a moto elétrica Cake Kalp oferece uma autonomia de 80 km por bateria, com um tempo de carregamento de aproximadamente 3h. Vale lembrar que essa moto elétrica tem por objetivo tiros curtos em velocidade. Ou seja, algo bem diferente dessa maratona de mais de 120 dias.

Motivação dessa aventura

Além de fatores comerciais, uma vez que Sinje Gottwald é uma das gerentes de contas da Cake, ela afirmou que saiu em busca dessa aventura para provar às pessoas sobre a capacidade do ser humano de superar limites, mesmo que pareçam impossíveis, como cruzar a África de moto elétrica.

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“Com esta aventura eu não só queria abrir as minhas próprias visões e ideias sobre este continente, mas também dar um exemplo do que é possível, mesmo que os desafios pareçam muito grandes à primeira vista. Somos capazes de muito mais do que pensamos”, disse a aventureira.

Sinje Gottwald a bordo da Cake Kalp Ap

Ao longo do percurso, Gottwald fez diversas fotos por todos os países por onde passou. A motociclista ainda afirmou que a Cake Kalp foi eficiente ao decorrer do caminho, sem exigir muitas manutenções e com um funcionamento impecável, dentro de suas limitações.

Na página oficial da Cake Kalp AP, exibe um depoimento de Sinje Gottwald dizendo: “Estou a 90 km sem parar, atravessando a fronteira da Guiné-Bissau para a Guiné pela selva… Adorei, sem dúvida um dos melhores dias da minha vida e que vou recordar para sempre!”.

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Veja também:

Ficha técnica e preço da moto elétrica Cake Kalp AP

Cake Kalp Ap

Aos que ficaram surpresos com o desempenho da Cake Kalp AP, aqui vão alguns detalhes sobre essa moto elétrica. Feita para tiros curtos, a velocidade máxima não passa dos 90 km/h. No entanto, a motocicleta compensa na leveza, com apenas 80 kg e bom torque, certamente ajudou Sinje Gottwald a atravessas alguns percursos de lama no caminho. Por fim, com um motor de 11 kW (14,9 cv), essa moto está avaliada em cerca de R$ 140 mil em importação para o Brasil.

Thiago Ruanovi
Desde criança apaixonado pelo esporte a motor e através dele, conheceu essa coisa chamada comunicação.