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Se você fosse fazer uma longa viagem de moto elétrica, qual modelo escolheria? Antes de revelar sua preferida, pense que será um longo desafio: encarar mais de 13 mil km cruzando a África de norte a sul, passando por desertos, montanhas, savanas e regiões com estrutura precária. Decidiu?

Kalk AP, moto elétrica desafiou a África

Já contamos a história da alemã Sinje Gottwald, aventureira que se desafiou no continente africano com uma moto elétrica. E agora, vamos apresentar a companheira que ela escolheu para esta grande odisseia. Conheça a Kalk AP.

moto elétrica kalk ap

Cake Kalk AP foi a moto elétrica escolhida para desafiar a África de ponta a ponta. E cumpriu a missão

A Cake Kalk AP é uma moto elétrica leve, compacta e com promessa de bom desempenho mesmo em pisos ruins. Assim, pesa apenas 80 kg, graças à estrutura de alumínio e ao plástico reforçado com fibra reciclada da Trifilon nos para-lamas e tampas.

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Outro destaque está no motor, com bom torque e potência. São 28,5 kgf.m e 11 kw (quase 15 cv), que levam a moto rapidamente à sua velocidade máxima limitada a 90 km/h.

Tem mais um ponto importantíssimo para uma longa viagem, ainda mais passando por algumas regiões com precária estrutura para carregamento: autonomia. A Kalp AP tem bateria de 51,8V (50Ah / 2,6kWh), que promete autonomia de 3 horas – em uso moderado.

Foram mais de 13.000 km percorridos com a moto elétrica, 5x a distância entre São Paulo e Manaus

 

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Viagem de moto elétrica pela África

Sinje partiu do Marrocos em direção à Cidade do Cabo, na África do Sul. Foram 13.000 km (cinco vezes a distância de São Paulo a Manaus em linha reta), percorridos em 124 dias. O ponto de partida foi a Espanha.

Além da distância, os terrenos percorridos pela aventureira impressionam. Com sua pequena moto elétrica ela cruzou trechos como desafiadoras regiões da Mauritânia e do Senegal, famosos locais par onde passava a corrida do antigo Rally Paris-Dakar. Além disso, passou por Gâmbia, Costa do Marfim e Gana,  por exemplo.

moto eletrica em estrada ruim

A Kalk foi colocada à prova na viagem. Não faltaram estradas ruins, dunas, lama e montanha. As vezes, asfalto

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Uma moto elétrica na África

Mas e como a moto elétrica Kakl AP se saiu nesta grande aventura? Bom, Gottwald é gerente de contas B2B da Cake e parece que quis colocar à prova – sozinha – todo o potencial de seu produto. E, segundo ela, apesar da moto elétrica ter sido projetada para curtas distâncias de diversão, o modelo teve um desempenho muito além do seu esperado.

moto elétrica na africa

Cake chamou atenção por onde passava! Todos queriam ver a pequena e silenciosa moto

A aventureira teve coragem e também sorte pelo caminho. Segundo ela, a moto elétrica não sofreu um único furo de pneu ao longo de todo caminho. Apesar disso, a e-bike Kalk AP teve um fusível queimado, mas que foi facilmente consertado.

Para a viagem transcontinental, Gottwald levou itens como duas baterias, dois carregadores e peças sobressalentes, como corrente e fusíveis. Além disso, estavam nas malas ferramentas e um laptop – caso a moto exigisse atualização de software ou suporte remoto.

moto elétrica com guardas florestais

A Kalk AP também é utilizada por guardas florestais do Parque Nacional Kruger, na África do Sul

De acordo com a aventureira, a manutenção do Kalk AP era quase insignificante, exceto por lubrificar e ajustar a corrente. Sim, este tipo de coisa também é necessária em uma moto elétrica, afinal de contas, ela ainda é um conjunto mecânico – apesar da propulsão elétrica.

Outro detalhe! Encontrar lugares para carregar a moto foi a parte mais difícil. Em algumas áreas foi quase impossível. Com isso, planejar com cuidado onde passar foi também uma tarefa de sobrevivência da expedição. Mas muitas vezes, ela simplesmente não sabia se encontraria um lugar para carregar!

Vale destacar que Gottwald é uma motociclista veterana! Ela chamou a atenção do público pela primeira vez durante sua viagem solo ao mundo, em 2017. Então, a aventura de moto elétrica foi apenas mais uma para a conta dessa corajosa fã de duas rodas.

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]