Motos podem receber a tradicional placa preta, você sabia dessa? Claro, os modelos de duas rodas com mais de 30 anos também podem ser itens de coleção, assim como carros, caminhões e até ônibus que recebem a diferenciação.
Placa preta vai voltar?
As placas de veículos de coleção foram criadas em 1997 no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O item foi adotado para identificar unidades registradas no Brasil, indicando que têm mais de 30 anos e que possuem suas características originais.
No entanto, a placa preta perdeu o seu destaque principal, a cor, com a adoção do mais recente padrão de identificação no formato Mercosul. Agora, o Governo Federal propôs uma consulta pública que pode trazer de volta a característica principal da placa, o tom preto de fundo.
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A iniciativa ocorre após reivindicações de entidades como a Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA). E, segundo o Governo, a medida de colocar a mudança em discussão se sustenta no processo regulatório da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) – que era o extinto Denatran – e que engloba agora a Gestão Política de Trânsito, de Segurança no Trânsito e de Regulação e Fiscalização.
Como participar?
A consulta pública para a escolha do novo modelo de placas para veículos de coleção começou no dia 22 de outubro e vai até o próximo dia 21 de novembro. Quando e mesmo se a medida será adotada ainda não é possível determinar.
Essa proposta pode ser votada no site do Governo Participa Mais Brasil. Lá pode ser escolhida uma opção entre dois modelos disponíveis. Ambas as opções utilizam o fundo preto com dígitos em branco. Atualmente a placa de coleção é branca e com letras e números em cinza, no padrão Mercosul.
Quais motos recebem a placa preta?
Estão aptas a receber a placa de coleção as motos ou motonetas – nacionais ou importadas – com mais de 30 anos de fabricação e conservando 80% de suas características originais. A partir daí é preciso conseguir um Atestado de Originalidade junto a um clube filiado à FBVA.
Os custos totais de documentação para a placa podem passar dos R$ 1.000. Estamos falando do certificado, vistoria, tributos e eventuais taxas. Placa preta em motos ainda é algo não muito frequente de ser visto, ainda mais em tempos de padrão Mercosul. Mas isso pode mudar. O que você acha?