O lineup da Kawasaki é fácil de decorar e conhecido dos brasileiros. As motos da família Z são naked e as Versys são crossover, enquanto as Ninja são esportivas e as Vulcan são custom. Mas é para falar de uma trail Kawasaki que estamos aqui.
A marca lançou no exterior a nova geração da W 175, uma moto de uso misto que pertence à família W, dedicada a motocicletas clássicas. Assim, o modelo acaba remetendo a modelos como a Himalayan pela pegada retrô e Bros pelo porte. Já o preço está mais para Biz.
Trail Kawasaki, misto de Bros e Himalayan
Diga-se de passagem, a Kawasaki W175 2023 segue praticamente idêntica a sua antecessora. Tirando alguns detalhes visuais, se manteve o mesmo design com farol redondo e estrutura de berço único. A capa de assento com nervuras retrô exalta seu estilo retrô, assim como a nossa conhecida Royal Enfield Himalayan – trail vendida também no Brasil.
A W175 é um modelo curioso que a Kawasaki vende no exterior. Tem números próximos aos da Bros, visual retrô (como a Himalayan) e preço acessível
Mas quando se trata do conjunto e motorização, a moto trail Kawasaki está mais para a popular Honda Bros. Isso porque a verde é movida por um motor monocilíndrico, refrigerado a ar, com duas válvulas e de 177cc – que produz 13 cv de potência a 7.500 rpm e 1.4 kgfm de torque a 6.000 rpm. Tudo isso junto do câmbio de 5 marchas – na Honda são 14,5 cv e 1,46 kgf.m no motor de 162 cm³.
Além do visual, a diferença gritante fica por conta da falta da tecnologia flex. Do outro lado do mundo a W175 só pode beber gasolina. A Kawa tem suspensão com garfo telescópico na dianteira e amortecedores traseiros duplos, como a CG brasileira. Há freio a tambor atrás e disco na frente, mas sem ABS. O peso entre Bros e W é praticamente o mesmo, 122 kg.
Bros pode levar vantagem no fora de estrada por ter roda de aro 19 na dianteira
Trail Kawasaki tem três versões
A Kawasaki W175 vem em três versões distintas. A primeira delas, a TR parece uma scrambler, ostenta uma estética robusta, pára-lamas dianteiros e traseiros altos e uma placa de proteção na parte baixa do motor. A moto chega na cor verde, assinatura da marca que remonta à herança de motocross da empresa.
TRSE oferece cores com destaque aos tons retrô de décadas de 70 e 80
Enquanto isso, a TRSE parece uma moto japonesa convencional. Tem um design semelhante à variante anterior, mas possui dois esquemas de cores de edição especial, inspirados na década de 1950. Aos mais despercebidos pode até parecer um projeto ‘restomod’.
Já a Cafe Racer é o que seu nome sugere… A moto exibe uma carenagem no farol na cor da carroceria, bem como decalques exclusivos no tanque de gasolina. Os painéis laterais conferem uma aparência esportiva. Um modelo com a cara das motos da Ásia e, claro, indianas como as da Royal Enfield.
Versão da W 175 também ganha atenção a cada detalhe para dar um gostinho de Cafe Racer a um modelo básico
Veja também:
- Nova Crosser 2023 tem 6 trunfos para vencer a Bros 160
- Teste DK 150 S: Haojue à prova em consumo, conforto e mais
- Biz 125 tem consumo inacreditável (mas verificado) em nosso teste
Moto da Kawasaki com preço de Honda Biz
Como a proposta e simplicidade do projeto sugerem, a nova trail Kawasaki tem preço acessível. Na Indósia, por exemplo, ela custa 33,4 milhões de rúpias, cerca de R$ 11 mil em conversão direta. Para comparação, por lá um PCX custa 32 milhões de rúpias.
Assim como a W175, a Himalayan também é uma trail com pegada retrô
Por aqui, com R$ 11 mil é possível comprar modelos como a Biz… mas apenas na versão de entrada, a 110i, que tem preço sugerido de R$ 10.170 – enquanto a 125 sai por R$ 12.730. Já a Bros custa R$ 16.270, enquanto a Himalayan tem PPS de R$ 22.990.
.jpg)
