Talvez você ainda não esteja habituado a este nome, mas a Bajaj é uma das maiores fabricantes de motos do mundo. E a fabricante indiana tem um longo caso envolvendo o Brasil, manifestando seu interesse em vir ao país ao menos desde 2020.
Ainda no ano passado, a fabricante pretendia se instalar por aqui, com fábrica e tudo mais. No entanto, como todos sabem, não aconteceu. Mas agora novos fatos dão pistas de que a Bajaj segue firme no seu plano.
Bajaj, nova marca de motos pode vir ao Brasil
Os negócios do grupo da Bajaj vão além da marca própria. Os indianos detém 47,97% de participação na nossa conhecida austríaca KTM. A partir disso, são desenvolvidos ainda projetos com a subsidiária sueca Husqvarna e em breve possivelmente a GasGas.
Com isso, não chega a ser surpresa que os indianos também desejem trazer suas próprias motos ao nosso país. No entanto, a pandemia parece ter pegado em cheio esses planos. Segundo o diretor executivo, Rakesh Sharma, a questão do fornecimento de semicondutores e chips atingiu duramente os fabricantes.
Mas isso parece não ter impedido a empresa de buscar o registro de modelos como a street Pulsar N250, junto ao INPI no Brasil. Uma vez autorizadas no país, os primeiros modelos poderiam depois disso vir importados da Colômbia. No país vizinho a Bajaj é representada pelo grupo UMA. Mas Chile e Argentina também contam com seus distribuidores.
Quando a empresa planeja entrar no Brasil? Bem, pode não acontecer exatamente neste ano. Segundo declaração de Sharma, realizada em fevereiro, em novos mercados de exportação como Europa e o Brasil, a Bajaj tem planos para os próximos 12 a 18 meses…
Veja também:
- Triumph e Bajaj: parceria para nova média cilindrada
- Marcas de motos: saiba quem é a dona de quem
- Pulsar 250: uma moto urbana faria sucesso no Brasil
Marca de motos Bajaj voa alto
Enquanto o mercado nacional fica de olho na Bajaj, a empresa tem vários outros projetos para focar. A marca espera lançar seus scooters elétricos e e-autos (três rodas) até junho. Para isso, a marca está investindo 300 milhões de euros (cerca de R$ 1,5 bilhão) em sua fábrica de Akurdi, em Pune, na Índia.
As scooters elétricas serão lançadas a partir da instalação referida. É lá que a Bajaj também abriga seu Centro de Pesquisa & Desenvolvimento. Nesse local a empresa está explorando opções para fabricar motocicletas EV de alto desempenho, em conjunto com a KTM.
Vale lembrar ainda que os indianos também têm parceria com a Triumph. Acordo visando fabricar motos de capacidade média, acessíveis para o mercado da Índia. Falando nisso, em seu país sede a Bajaj já possui 75% de participação no mercado de veículos riquixás de três rodas, movidos à gás natural GNV.
Como vemos, a Bajaj tem várias frentes de atuação para olhar e vai caber ao novo importador e investidor apostar no momento certo de entrar no Brasil.