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Muito tem se falado sobre a nova Kawasaki ZX-25R, a pequena esportiva de quatro cilindros e 50 cv de potência máxima. Tanto que ela pode até estar incentivando as concorrentes a desenolverem projetos para essa nostálgica categoria. Neste contexto (e possivelmente para ‘bater’ a Kawa menor), surge a nova Honda CBR 400 RR.

A Honda está trabalhando na nova CBR 400 RR, provavelmente, para aquecer a briga com a recém-lançada (e mundialmente falada) Kawasaki ZX-25R

Por que nostálgica? Bom, antes de abordarmos a novidade vermelha é interessante lembrar que o segmento das pequenas esportivas faz sucesso no Japão há décadas. Desse modo, permitiu a criação de obras de arte como a CBR 250 RR, capaz de ultrapassar a marca dos 20 mil rpm, no início dos anos 1990.

Ah, também teve uma geração anterior da 400 tetracilíndrica. Assim, foi produzida de 1983 a 1994 nas variações F, R e RR. As últimas unidades até tinham um ‘FireBlade’ estampado na carenagem, remetendo à superesportiva de 900 cilindradas recém-lançada.

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Primeira geração da CBR 400 esteve à venda entre as décadas de 1980 e 1990. Assim, alguns modelos até traziam o ‘FireBlade’ na carenagem

Honda CBR 400 RR

Dessa forma, uma nova CBR 400 RR está por chegar. A Honda ainda não oficializou qualquer informação sobre o modelo e todos os rumores divulgados se originaram de uma mesma imagem, supostamente vazada pela mídia japonesa.

Apesar de ser baseada na CB 400 Super Four (foto), a CBR 400 RR terá chassi próprio, suspensão invertida e outras novidades… aliás, como é bela a Super Four, não?

Assim, há indícios do novo projeto desenvolvido pela montadora. Além disso, a nova CBR 400 RR será equipada com freios ABS assinados pela Nissin, com direito a disco duplo na dianteira. Ainda, há suspensão invertida e conjunto de iluminação full LED com indicadores de posição. Por fim, seu chassi é exclusivo (e não o adotado da CB Super Four) e o design é próximo ao da CBR 500R (não vendida no Brasil) e inspirado na supersportiva da marca, a CBR 1000RR Fireblade.

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Potência

Acredita-se que o motor será o mesmo utilizado na (bela) CB 400 Super Four, velha conhecida no mercado asiático. Portanto, estamos falando de um quatro cilindros em linha, com 399 cm³, DOHC, injeção eletrônica e arrefecimento a líquido.

Dessa forma, todos os rumores sobre a nova CBR 400 RR iniciaram quando essa foto vazou

Dessa forma, todos os rumores sobre a nova CBR 400 RR iniciaram quando essa foto vazou

Na neked, mais urbana, ele produz 54 cv e 3,9 kgf.m de potência e torque máximos. Entretanto, o conjunto da RR deve ser aprimorado para atender a proposta esportiva, rompendo a casa dos 60 cv.

CBR 400 RR à venda no Brasil

Naturalmente, não devemos esperar pretenção do modelo vir ao nosso mercado em curto prazo, afinal ele ainda está em fase de desenvolvimento – e ao mercado asiático. Além disso, há uma série de fatores que tornam uma possível vinda da CBR 400 RR ao Brasil ainda mais remota.

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Desde sempre, a CBR 400 RR tinha motor de quatro cilindros. Assim, se distancia das bicilíndricas CBR 500R que tínhamos no Brasil e da atual CBR 400R, à venda em outros países

Desde sempre, a CBR 400 RR tinha motor de quatro cilindros. Assim, se distancia das bicilíndricas CBR 500R que tínhamos no Brasil e da atual CBR 400R, à venda em outros países

Primeiro, claro, o preço. Para fins de comparação, em alguns mercados a Kawasaki ZX-25R custa mais caro do que a Ninja 400. Assim, na Nova Zelândia ela foi lançada por 15.990 dólares neozolandeses, enquanto a 400 sai por 9 mil doletas locais.

Uma 250 com preço de 600?

Em conversão direta, estamos falando de aproximadamente R$ 56 mil… praticamente o dobro dos R$ 26.490 sugeridos pela Ninja 400 no Brasil. Aliás, a Ninja ZX-6R (600 cilindradas, 130 cv) parte dos R$ 51.990. Trazer uma 250 custando mais que uma 600 da mesma categoria é totalmente inviável para a marca.

Caso a ZX-25R viesse ao Brasil, provavelmente custaria mais caro que a ZX-6R vendida pela Kawa aqui. Entre uma esportiva de 50 cv ou uma de 130 cv, da mesma marca, geração e ano você ficaria com qual?

Quer mais um motivo? O projeto da CBR 400 RR (assim como o da ZX-25R) teria de ser adaptado ao nosso mercado graças ao Promot, mais rigoroso que o padrão europeu para o qual ela foi desenvolvida. Isso significaria mais custos e tempo dedicado ao projeto que não tem pretenção de ser, digamos, capaz de emplacar mil unidades por mês. Então, o sonho acabou?

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza