A Supermono é uma moto clássica da Ducati nascida para corridas. O modelo surgiu em 1993 e no próximo ano completará 30 anos de história. No entanto, a ideia de uma ‘super monocilíndrica’ não ficou apenas no passado! O designer e fã Pierre Terblanche fez uma reinterpretação moderna da sua máquina, a Supermono 699-SC, e os números são incríveis!
Fã recria moto clássica da Ducati
Massimo Bordi e Claudio Domenicali, o atual chefe da Ducati, desenvolveram a tecnologia para a moto clássica da Ducati Supermono. Enquanto isso, Pierre Terblanche se encarregou do design na época. E quem melhor poderia desenvolver uma reinterpretação que o próprio criador da motocicleta?
Terblanche já trabalhou para marcas como a Piaggio, Moto Guzzi, Norton e Royal Enfield. E após anos de colaboração, ele deixou a Ducati no final de 2007. No entanto, o designer segue na história da marca, e como também um grande fã decidiu recriar uma de suas melhores motocicletas.
Vale lembrar que a Supermono de 1993 era movida por um motor de quatro válvulas refrigerado a água, com controle de válvulas desmodrômico e injeção de combustível. O grande destaque – era monocilíndrica – e produzia incríveis 75 cv a 10.000 rpm com menos de 600 cc e pesando menos de 140 quilos!
E foi com essa receita que Terblanche reimaginou a motocicleta, desta vez com nada menos que 160 cv e peso de diminutos 125 kg. Algo como ter a potência de uma Ducati Diavel 1260 movendo uma popular Honda CG 160! Dá para acreditar?
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Supermono de 160 cv e 125 kg
O designer de motocicletas desenvolveu a nova Supermono 699-SC junto da Barber Advanced Design Center, em Birmingham, no Alabama, EUA. Uma reinterpretação do design da antiga monocilíndrica de corrida, mas também um estudo de viabilidade.
O projeto conta com um cilindro do motor gêmeo 1198 Testastretta. Montado em posição horizontal, o conjunto tem deslocamento de pouco menos de 700 cc. Mas isso não é tudo. Com um compressor, tipo C15-20 da Rotrex, essa usina pode entregar até 160 cv.
Como a nova Supermono não precisa ser legalizada nas ruas, a moto nasceu como um dispositivo de pista de corrida puro. Isso elimina a necessidade de iluminação, espelhos retrovisores ou suportes de placas.
Além disso, qualquer tipo de isolamento acústico é dispensado. O escapamento é integrado à traseira curta, para benefícios aerodinâmicos. Também por questões de peso, o braço oscilante da roda traseira é mais fino e tem dois lados.
Desta forma, totalmente abastecida – com 12 litros de combustível – a moto tem apenas 125 kg. Seria uma moto incrível não é? Apenas seria… Isso porque, aparentemente, a Ducati já está desenvolvendo uma nova monocilíndrica, mas sem a presença de Terblanche.
Além disso, o único protótipo da Supermono 699-SC não está em condições de rodar. O modelo está em exibição no Barber Vintage Motorsports Museum, juntamente com uma Supermono original.