A lista das motos mais vendidas do Brasil atualmente você conhece bem. Na ponta há as intocáveis CG 160, Biz, Bros e Pop 110i, seguidas por modelos como CB Twister, Fazer 250 e Crosser. Mas há dez anos este ranking era bem diferente.
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Nomes como CB 300 R, CG 125 e Crypton, atualmente extintos, figuravam entre os modelos de maior sucesso nas concessionárias. Outros, como Fazer 250 e XRE 300, seguem bem aceitos até hoje, mas naquela época ainda eram oferecidas em suas antigas gerações.
As dez motos mais vendidas do Brasil em 2011:
1 – Honda CG 150: 458.340 unidades
2 – Honda CG 125: 405.179
3 – Honda Biz (100/125): 222.679
4 – Honda Bros 150: 201.544
5 – Yamaha Factor 125: 123.183
6 – Honda Pop 100: 91.567
7 – Honda CB 300 R: 82.439
8 – Yamaha Fazer 250: 33.560
9 – Honda XRE 300: 33.289
10 – Yamaha T115 Crypton: 26.126
CB 300, CG 125 e outras extintas
Líderes isoladas na ponta da lista de motos mais vendidas de 2011, as CG 150 e 125 não fazem mais parte do lineup da Honda. A 150 nos deixou em 2016, quando era oferecida apenas na versão de entrada Start, enquanto a menor resistiu até 2018, ano em que era encontrada nas versões Fan e Cargo. A Bros 150 foi aposentada ainda em 2015.
Um dos nomes mais famosos é a CB 300 R, seja pela cômoda liderança no segmento ou polêmicas com seus problemas de motor. Lançada em 2009 para substituir a CBX 250 Twister, ela permaneceu no mercado até 2015, quando cedeu lugar à CB Twister. Relembre o teste com a 300 aqui.
Nenhum scooter
Além das motocicletas que já nos deixaram, como a CB 300, a lista das motos mais vendidas de 2011 tem outra curiosidade. A ausência de scooter.
Se hoje é o segmento que mais cresce no mercado, há dez anos ele estava longe de ser moda. O modelo mais vendido era o Honda Lead 110, com 20.945 unidades, seguido de longe pela Yamaha Neo 115 e suas 6.765 motos. O Suzuki Burgman 125 fechava a lista, com 5.702. Líder do nicho desde seu lançamento, o PCX viria apenas em 2013. A concorrente NMAX demoraria mais três anos, chegando em 2016.
Auge do setor
Aliás, em 2011 a indústria brasileira de motos vivia seu segundo melhor momento da história. Ao final do calendário, sairiam mais de 2 milhões de motocicletas das linhas de produção, número que cairia pouco a pouco até 2016, quando iniciou a retomada que vivemos hoje.
Para ilustrar a grandeza daquele momento, vamos analisar os números. Sozinha, a líder CG 150 emplacou quase meio milhão de motos. Se considerarmos também as CG 125 e Biz, teremos mais um milhão de novas motocicletas nas ruas.
Isto é mais do que o setor, considerando todas as marcas e modelos, produz atualmente. Em 2019, foram produzidas 1.107.758 de motos no país, número que caiu para 961.986 no conturbado 2020. Os números de produção são da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), enquanto os de emplacamentos foram fornecidos pela Fanabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).