Comentários:
Ao comprar uma moto você avalia pelo seu uso principal o que quer, no meu caso é 99,5% do tempo circulando entre os carros a caminho do trabalho e de volta pra casa, e pela pavimentação de sua cidade, neste caso, o que me fez ter o veredito de que esta moto não foi a melhor escolha que fiz.
A moto é pesada e duríssima, principalmente, o que limita seu uso em pavimentos menos amigáveis e dificulta as manobras rápidas e aquelas em muito baixa velocidade, os pneus largos e também duros contribuem para piorar.
Só que em raras ocasiões eu viajo e viajo por serra, com garupa, então nestas horas a moto paga o investimento, mas como são episódios infrequentes eu concluo que comprei uma moto que não me agradou totalmente. Talvez a moto não seja ruim (e acho que não é), talvez ruim seja a cidade para minha moto (longe de ter trânsito organizado e ruas boas).
Se refizesse minha escolha à luz do que agora sei, talvez optasse por uma Bros 150 ou uma Lander 250, mas pela Bros só porque não há opção 250 da Honda que seja acessível ao bolso do homem médio.
Prós:
Na ordem em que me alegram nesta moto:
1. Força nas estradas e viagens: de fato o motor é um canhãozinho quando se está na estrada, permitindo manter entre 90 e 100 km/h, na boa, em grande parte do tempo, inclusive em serras e com garupa. Máxima em torno de uns 135 km/h, sendo conservador com o motor (sem faixa vermelha). Excelente para manobrar e viajar, sem dúvida, o ambiente dela é primordialmente o asfalto. Pode ser que a moto não seja ruim para sua cidade, mas a cidade ruim pra sua moto (definitivamente vai melhor em vias beeeeem conservadas).
2. Visual de moto maior e moderno, onde as partes plásticas acabam não destoando tanto.
3. Suposta facilidade de revenda proporcionada pela marca (não sei, não revendi ainda).
Contras:
Na ordem em que me aborrecem nesta moto:
1. Suspensão duríssima: roda bem somente no asfalto, qualquer rua de bloquete ou buraco já sacode, pois é dura, e faz vibrar a carenagem em um ponto suportável mas ainda assim irritante. Requer por isso constante regulagem de velocidade (freia-acelera), pois se passa mais forte num quebra-molas quase joga o piloto fora.
2. Pesada para manobras em baixa velocidade e, principalmente, para manobras com o braço e moto desligada, requer força do sujeito para que ao acertá-la na garagem não caia no chão (a minha já caiu duas vezes, graças ao descanso arrisco e traiçoeiro). No geral a moto é bastante pesada.
3. Vibração irritante até as 6000 rpm: o motor vibra demais até atingir esta rotação, especialmente entre 4000 e 6000 rpm, dali em diante volta a ficar suave e pode transmitir uma falsa urgência em passar de marcha.
4.Tanque muito grande e médias de consumo variáveis: o consumo varia dentro de uma faixa que mesmo não sendo muito grande, não permite ter uma noção exata do quanto gasta e o tanque de tão imenso que é torça pra não morrer a moto, senão você irá frear seu corpo (e uma certa parte sensível) em cima (fora que contribui com o alto peso desta moto).
5. Concessionária não-cooperativa: comprei a moto praticamente à vista e na primeira revisão fizeram aquilo-doce em não aceitar um cheque para dali a alguns dias, inadmissível este desrespeito, mesmo tendo funcionários atenciosos. Não precisa de tratamento VIP, é só oferecerem a flexibilidade que tanto propagandeiam pra você adquirir motos e revisões, ora bolas.
6. Falta de garupa ou bagageiro, mesmo opcional, para quem não quer enfear a moto com um desnecessário baú.
Condições do Teste:
Tempo de uso:
Menos de um ano
Tipo de Uso:
Meio de Transporte
Terreno Testado:
Urbano, Terra, Estrada